Coronel da Polícia Militar do Tocantins, Deroci Putencio de Sousa, suspeito de milícia no Maranhão — Foto: Reprodução

O coronel da Polícia Militar do Tocantins, Deroci Putencio de Sousa, foi preso sob suspeita de integrar uma milícia no Maranhão. De acordo com o Portal de Transparência do Tocantins, o coronel, que está na reserva, recebe um salário de R$ 37.643,96. A prisão ocorreu durante uma operação da Polícia Civil do Maranhão na zona rural de Fernando Falcão (MA).

A Polícia Militar do Tocantins confirmou, em nota, que tomou conhecimento da prisão do coronel e está aguardando comunicação formal para emitir um posicionamento oficial. A defesa de Sousa, por sua vez, preferiu não comentar o caso, mas afirmou ter confiança na Justiça e na inocência dos envolvidos.

A operação foi realizada neste domingo (7) após denúncias de moradores da região sobre um grupo armado que fazia a segurança de um fazendeiro, supostamente ameaçando a população local e causando prejuízos aos atuais moradores. A área é alvo de uma disputa de terras.

Durante a ação, dez pessoas foram presas em flagrante, incluindo policiais penais do Pará, um sargento da PM do Maranhão e o coronel Deroci Putencio de Sousa, que teria resistido à prisão. Entre os detidos, há outros indivíduos do Tocantins.

O delegado Cleosnaldo Brito, da Polícia Civil do Maranhão, explicou à TV Anhanguera que os suspeitos faziam ameaças aos moradores, obrigando-os a abandonar a região. “Inicialmente, não podemos afirmar que é uma estrutura do estado, mas eles utilizavam pessoas com porte funcional para fazer segurança, realizar blitzes, ameaçar os moradores e forçá-los a deixar a propriedade de maneira truculenta”, disse Brito.

Durante a operação, a polícia apreendeu oito armas de fogo, uma grande quantidade de munições e aparelhos celulares. Os detidos foram encaminhados à penitenciária de Fernando Falcão, enquanto o coronel Sousa foi transferido para o quartel de Barra do Corda (MA).

O que diz a PM do Tocantins

“A Polícia Militar informa que tomou conhecimento do fato por meios extraoficiais e aguarda a comunicação formal necessária das autoridades responsáveis para emitir uma manifestação mais adequada sobre o caso.”

O que diz a defesa do Coronel

“A defesa informa que não irá se manifestar neste momento, tendo em vista a necessidade de aprofundamento das investigações, mas manifesta sua confiança na justiça e na inocência dos envolvidos, que será demonstrada durante o curso das investigações.”