Silvio Santos, um dos maiores nomes da história da TV brasileira, morreu aos 93 anos, na madrugada deste sábado (17/8), após ser internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O apresentador tinha voltado à unidade hospitalar no início de agosto, poucos dias depois de receber alta médica devido a um quadro de H1N1.

Silvio Santos deixa seis filhas, que vão continuar o legado do pai no comando do SBT.

Vários políticos tocantinenses lamentam a morte dele.

O governador Wanderlei Barbosa emitiu nota de pesar:

Nota de Pesar

Neste sábado o Brasil amanheceu mais triste com a notícia do falecimento de Silvio Santos, o maior comunicador da história, que tantos fins de semana nos fez sorrir e sonhar em frente à televisão com seus programas e bordões.

Ficarão na memória os momentos inesquecíveis proporcionados por este ídolo da televisão brasileira. Seu exemplo de trabalho e perseverança inspirou gerações de brasileiros, e sua ausência deixará uma lacuna insubstituível no coração de todos nós.

Meus pêsames à família, amigos e aos milhões de fãs por todo o Brasil.

Wanderlei Barbosa
Governador do Tocantins

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O senador Eduardo Gomes também se manifestou:

“Hoje o Brasil despede-se de um de seus maiores ídolos populares, o mestre da comunicação, Silvio Santos. Durante décadas levou alegria a todos os recantos desse pais, fazendo dos domingos um dia especial. Manifestamos nosso pesar a seus familiares e a toda família SBT.

Senador Eduardo Gomes
Presidente da Comissão de Comunicação do Senado.

O deputado federal Ricardo Ayres também lamentou a morte de Silvio:

É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Silvio Santos, o maior apresentador da história da televisão brasileira. Sua trajetória de sucesso e carisma inigualável marcou gerações e deixa um legado insubstituível no coração de todos os brasileiros.

Silvio Santos foi mais que um comunicador, ele foi um ícone da cultura popular e uma figura presente na vida de milhões de lares, levando alegria, entretenimento e inspiração por décadas. Sua partida deixa uma lacuna irreparável na TV e na vida de todos que o admiravam.

Nossos sentimentos à família, amigos e fãs neste momento de dor. Que sua história de alegria e inovação permaneça vivo na memória de todos.

*Ricardo Ayres*
Deputado Federal

Trajetória do Homem do Baú

Silvio Santos é um marco na história da televisão brasileira. Ao longo dos últimos 60 anos esteve no ar, com passagens pelas principais emissoras, incluindo a rede Globo, até criar sua própria rede: o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão).

Porém, a própria trajetória de Senor Abravanel, nome real do apresentador, daria uma série de televisão. Ou melhor, deu um seriado (O Rei da TV) e um filme, que será lançado em 5 de setembro.

Filho do casal Alberto Abravanel e Rebeca Caro, Senor Abravanel nasceu no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1930. Desde cedo se envolveu nos negócios para ajudar a família.

Um dos capítulos mais conhecidos de sua vida envolve a juventude, quando trabalhou como camelô nas ruas da capital carioca – vendendo capas para Títulos de Eleitor.

O nome artístico Silvio Santos surgiu quando a carreira no rádio e televisão virou uma opção para o vendedor aumentar seus lucros. Assim, Silvio, depois da parceria com Manoel da Nóbrega, estreou nas telinhas em 1962, no programa Vamos Brincar de Forca, na TV Paulista. No ano seguinte, estreou o Programa Silvio Santos, que, desde 1963, está no ar no país.

Para Maurício Stycer, biógrafo do apresentador e autor do livro Topa Tudo Por Dinheiro, Silvio buscou a televisão e o rádio como uma maneira de ampliar os negócios e conseguir o próprio canal.

Percebendo o sucesso da empreitada, Silvio Santos decidiu dobrar a aposta e passou a lutar para criar uma rede de televisão.

O sonho começou em 1976, quando o general Ernesto Geisel, um dos presidente do período da ditadura militar, concedeu ao comunicador a TVS (TV Studios) do Rio de Janeiro. Quase cinco anos depois, em 1981, o Patrão fundou o SBT.

No SBT, Silvio criou um jeito próprio de fazer televisão. Com mudanças na grade, pouco espaço para jornalismo, programas inovadores e apostas que poucos fariam, como o seriado Chaves e as novelas mexicanas.

Em sua emissora, lançou nomes como Gugu Liberato, Celso Portioli, Eliana, Mara Maravilha e, mais recentemente, Maisa e Larissa Manoela.