Brener Nunes e Maria José Cotrim – Gazeta do Cerrado

A Gazeta do Cerrado iniciou uma série de entrevistas especiais com os sindicatos das principais categorias do Tocantins. O primeiro deles foi o presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro.

À Gazeta ele deu nota 3 para a atual gestão com relação aos servidores e além disso disse que levantamento aponta que o Estado deve no total mais de R$ 1 bilhão às categorias de servidores.

Ele começou falando do Plansaúde e sugeriu que fosse criada uma autarquia para o plano ter mais independência financeira. “Seria parecido com o Igeprev, teria um fundo de garantia próprio para pagar os pregadores de serviços”, conta Cleiton.

Questionado sobre as principais demandas que o sindicato vem lutando junto aos servidores, o presidente constatou que são quatro linhas encabeçadas. “A primeira é a database, que segundo ele está na constituição, então, o governador Marcelo Miranda deveria cumprir com a data certa. Ele ainda não pagou a de 2017”, afirma.

Outro ponto, são as progressões. Conforme Pinheiro, esse é o maior gargalo que se tem em relação aos diretos dos servidores, porque é uma conquista individual. “O governo faz um barulho sobre as progressões, mas não é esse montante todo que é divulgado. Apenas 70%, 75% dos servidores conseguem”, conta.

“Não recebemos as progressões de 2015, a de 2016 pagou agora. São mais de cinco mil servidores aguardando as progressões”, diz Cleiton.

O terceiro gargalo seria a questão dos 25% dos servidores. “O governo concedeu e depois se arrependeu e revogou o artigo da lei que dava essa correção de 25% na tabela”, destaca.

“O governo nega e gosta de maquiar as contas quando ele quer para um lado ou para o outro. Ele cria situações para as pessoas não entenderem direito”, revela o presidente do Sisep.

O quarto e último ponto seria o Plansaúde, que já virou uma novela mexicana. O Estado tem uma dívida de mais de R$ 100 milhões com a Unimed. É mesmo com a renovação do contrato por mais 60 dias, alguns médicos não estão atendendo os servidores e dependentes do Estado.

“O Estado não tem para onde alegar. Essa gestão está ruim para péssima. Vamos pagar um preço alto por muito tempo”, finaliza Cleiton.