Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Continuando a série de entrevistas especiais com os sindicatos das principais categorias do Tocantins. Desta vez, o presidente do Sindicato dos Auditores da Receita Federal do Estado do Tocantins (Sindare), Jorge Couto, falou com a Gazeta e destacou que não há um concurso para os auditores fiscais há 20 anos no Estado. “Mais de 20 anos sem concurso público para auditores no Tocantins. Não existe paralelo em outro estado da federação”, conta.

Outro ponto crítico defendido pelo sindicato é a adequação do salário da categoria que segundo o presidente, por lei, deve ter o teto igual a ministro do Superior Tribunal Eleitoral. “Na Constituição Estadual diz nosso teto é de ministro do STF. Nossa constituição está sendo desrespeitada” afirma.

Jorge conta que a imprensa vem veiculado que a categoria luta para ter o teto salarial acima do governador, ele explicou à Gazeta a real situação. “ muitos veículos dizem que lutamos pelo aumento da remuneração. Pelo contrário, já recebemos. Os auditores fiscais que estão há mais de 25 anos possuem um plano de carreira, eles hoje tem um salário acima de R$ 24 mil”, conta.

“Nosso teto salarial no Tocantins, até 2011, era de R$ 28 mil. Aí o ex-governador, abaixou para R$ 24.117. O teto estava congelado há quase cinco anos. Ele fez pior, diminuir. Se tivesse mantido em R$ 28 mil, teríamos mais de 10 anos de congelamento”, explica Couto.

“Estamos pleiteando, por mas paradoxal que possa parecer, é corrigir a Constituição Estadual do teto de desembargador, para o de ministro do STF”, prossegue.

Jorge conta que o salário de teto de desembargador é 90,25% do ministro, que chega a R$ 33.700 mil.

Ele destaca que estão há mais de quatro anos devolvendo salário e sem receber a database.

PEC

O auditor também conta que estão com um proposta de emenda parlamentar (PEC) na Assembleia Legislativa (AL). “Essa PEC prevê uma adequação que diz que o nosso teto seja de ministro do STF. E por interpretação equivocada, nos pagam o teto de desembargador”, diz.