A partir desta segunda-feira (4/11), esquema de vacinação contra poliomielite passa a ser exclusivo com doses injetáveis

 

A partir desta segunda-feira (4/11), o esquema vacinal contra a poliomielite no Brasil sofrerá uma importante mudança. As duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), popularmente conhecida como “gotinha”, serão substituídas por uma dose de vacina inativada poliomielite (VIP), aplicada de forma injetável.

Com isso, o esquema de vacinação contra a doença passará a ser composto exclusivamente pela forma injetável.

Segundo o Ministério da Saúde, a decisão foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas e recomendações de órgãos internacionais de saúde, visando tornar a imunização ainda mais segura.

Países como os Estados Unidos e diversas nações europeias já adotam esquemas vacinais baseados apenas na VIP.

Até então, o calendário de imunização incluía três doses da VIP administradas aos 2, 4 e 6 meses, seguidas por duas doses de reforço da VOPb, aplicadas aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Com a nova diretriz, será aplicada uma dose única de reforço da VIP aos 15 meses, definindo o esquema vacinal da seguinte forma:

 

Poliomielite

 

A poliomielite, conhecida também como paralisia infantil, é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus. A infecção pode ocorrer por meio do contato direto com fezes ou secreções de pessoas contaminadas e, em casos graves, provoca paralisia nos membros inferiores.

Fatores como falta de saneamento básico e condições precárias de higiene facilitam a transmissão.

Os sintomas da poliomielite variam, podendo ser assintomática em muitos casos. No entanto, quando manifesta sintomas, estes incluem febre, mal-estar, dor de cabeça, dores no corpo, vômitos, e, em casos mais severos, espasmos e rigidez na nuca, que podem evoluir para meningite.

 

Possíveis sequelas

 

As sequelas da poliomielite, resultantes da infecção da medula e do cérebro, incluem:

Problemas articulares e dores;

Pé torto (pé equino), dificultando a locomoção;

Assimetria no crescimento das pernas, causando escoliose;

Osteoporose;

Paralisia de um ou ambos os membros inferiores;

Paralisia dos músculos da fala e deglutição;

Atrofia muscular;

Dificuldade de falar;

Hipersensibilidade ao toque.

Apesar dos avanços no controle da poliomielite, a vacinação contínua é essencial para prevenir a propagação da doença e suas consequências debilitantes.

 

(Fonte: Metrópoles)