Deputado Federal Vicentinho Júnior - Foto - Divulgação

Deputado Federal Vicentinho Júnior – Foto – Divulgação

O deputado federal Vicentinho Júnior (Progressistas) se manifestou sobre a PEC que propõe a mudança da jornada de trabalho de 6×1 para 4×3, assinada pelos deputados Carlos Henrique Gaguim (UB) e Ricardo Ayres (Republicanos). Em uma declaração detalhada, Vicentinho Júnior destacou que compreende o apelo da proposta, mas acredita que a medida demanda uma análise mais profunda e cuidadosa.

Em sua declaração, Vicentinho Júnior pontuou que acompanha atentamente o debate sobre a PEC, assim como a comoção que ela tem gerado nas redes sociais e entre trabalhadores. Ele reconhece a necessidade de melhorias nas condições de trabalho para trabalhadores CLT no Brasil, mas ressalta que a relação entre capital e trabalho precisa ser equilibrada, destacando que “ambos têm que coexistir para existirem”. Para ele, uma economia saudável depende da manutenção desse equilíbrio.

O deputado também alertou para as possíveis consequências econômicas da adoção da escala 4×3 em um contexto como o brasileiro. Segundo Vicentinho, é inadequado comparar a realidade econômica do Brasil com a de países desenvolvidos, como França, Itália, Estados Unidos e Japão. Ele observou que essas nações possuem rendas per capita cinco ou seis vezes maiores do que a brasileira, e aplicar uma redução da carga horária de trabalho similar poderia ser prejudicial. “Essa ‘forçação de barra’ pode nos direcionar para outros caminhos que não sejam os mais apropriados, como a pejotização e a informalidade de determinados serviços”, afirmou o deputado. Ele também aponta que a mudança poderá impactar diretamente no aumento dos custos finais de produtos e serviços no Brasil.

Vicentinho Júnior também relembrou a experiência da Reforma Trabalhista de 2017, mencionando que, na época, muitos temiam que a reforma levaria à precarização do trabalho e à perda de direitos. No entanto, de acordo com o deputado, esses temores não se concretizaram, e houve, conforme dados oficiais, um aumento no número de empregos gerados. Ele defendeu que seu posicionamento de não assinar a PEC não é uma posição contrária ao trabalhador, mas sim um compromisso em evitar mudanças que possam trazer consequências indesejáveis.

O parlamentar finalizou seu posicionamento convidando os colegas do Congresso a apoiar a PEC da Reforma Administrativa, que, segundo ele, é uma medida urgente e necessária para reduzir o tamanho do Estado e melhorar sua eficiência. “Precisamos urgentemente diminuir o tamanho do Estado e otimizá-lo para que todo o povo brasileiro usufrua disso!”, enfatizou Vicentinho, sugerindo que a modernização administrativa seria um caminho mais promissor para o país e uma prioridade que deve ser discutida antes de novas alterações nas normas trabalhistas.