Brener Nunes- Especial para Gazeta do Cerrado

Dos 24 acusados de lavagem de dinheiro pela Operação Jogo Limpo, 23 foram presos na manhã desta segunda-feira, 26, em Palmas. O único foragido é o proprietário da empresa Bambu. Na primeira fase da operação, apenas os 10 contratos de 2014 da Fundesportes estão sendo investigados. Segundo o delegado Guilherme Martins, das dez empresas sob investigação, apenas uma, a Bambu, realmente existe. O valor do suposto desvio seria de R$ 10 milhões.

Essa primeira fase teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que se valia da Fundação para desvio de dinheiro público, segundo a Polícia informou em coletiva á imprensa na qual a Gazeta do Cerrado esteve presente.

Martins explica que, houve “Chamamento público de convênio com a Funderportes, publicado no diário oficial de Palmas. Assim, os repasses foram feitos para essas entidades e foram destinados para empresas fantasmas”.

“As outras empresas possuem apenas CNPJ e nomes jurídicos, nem sede elas têm”, afirma Guilherme. Segundo ele, foi publicado no diário do município um chamamento público. “Não teve transparência necessária”, destaca.

Conforme a Polícia, foram apreendidos computadores, HD’s processos de convênios de entidades sem fins lucrativos. “Também foi pedido quebra de sigilo bancário, e estamos aguardando o deferimento”, revela.

“Pode haver facilitações do poder público, mas não podemos afirmar nada, estamos investigando”, pontua o delegado.

Guilherme conta que a investigação já acontece há seis meses e que não há previsão para a segunda fase da operação.

No total, 100 policiais participam da operação. As investigações acontecem em Palmas, Paraíso do Tocantins, Nova Rosalândia, Paranã e Miracema.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no prédio da Prefeitura de Palmas, na praça do Bosque, no Instituto de Previdência Social de Palmas e na Fundação Municipal.