Especialista explica quais são os tratamentos possíveis para quem tem altos graus de miopia e quem pode realizá-los
A alta miopia é uma condição oftalmológica que se caracteriza pelo crescimento excessivo do globo ocular, de modo que a imagem que se forma seja focalizada na frente da retina — são considerados altos míopes aqueles que têm mais de seis graus de refração. Isso pode resultar em visão borrada para objetos distantes e complicações mais sérias, afetando a qualidade de vida dos indivíduos.
Segundo um relatório sobre a prevalência da miopia e alta miopia da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados sobre a saúde ocular dos brasileiros são alarmantes. Conforme a pesquisa, deve ocorrer um aumento de 54% dos casos da condição nesta década. A estimativa é de que o Brasil terá 9,514 milhões de altos míopes em 2030.
O oftalmologista e diretor-executivo do Instituto Penido Burnier de Campinas, Leôncio Queiroz Neto, acredita que a pesquisa comprova que o estilo de vida hoje influencia mais no aumento da miopia do que a hereditariedade. O estudo prevê que a miopia leve e moderada passará de 60,5 milhões de casos em 2020 para 83 milhões em 2030.
Como tratar a alta miopia
É possível corrigir a alta miopia a partir de um implante de ICL, uma micro lente fácica que corrige a miopia sem retirar o cristalino e desbastar a córnea. A técnica é cirúrgica e ocorre no país desde 1995 — de lá para cá, as lentes tiveram uma grande evolução. Atualmente, são produzidas em material biocompatível com o globo ocular, permitindo um ajuste preciso e resultando em uma melhor refração.
(Fonte: Metrópoles)