Araguaína recebe no Parque Cimba monumento símbolo da campanha contra o feminicídio

Projeto nacional é uma parceria com o Tribunal de Justiça do Tocantins e também trabalha a parte educativa da conscientização nas escolas

Araguaína foi a primeira cidade do Tocantins a aderir ao movimento internacional do Banco Vermelho e já possui um monumento na Via Lago. Outros 30 bancos de locais públicos foram pintados de vermelho, representando o sangue derramado por todas as vítimas de feminicídio.

A Prefeitura de Araguaína inaugurou um novo monumento símbolo da campanha de resistência e conscientização na luta contra o feminicídio e a violência contra a mulher. O Banco Vermelho foi instalado no Parque Cimba, um dos principais cartões postais de Araguaína, em uma cerimônia que contou com a presença da primeira-dama do Município, Ana Paula Lopes, da secretária Especial da Mulher de Araguaína, Ângela Maria Silva, autoridades do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, Guarda Municipal de Araguaína e Polícia Militar.

Banco Vermelho

O Banco Vermelho é uma campanha internacional que foi abraçada pela Prefeitura de Araguaína em parceria com o Poder Judiciário buscando combater a violência contra a mulher.

Cirlene Maria de Assis, juíza e coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJ-TO

De acordo com a juíza Cirlene Maria de Assis, coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJ-TO, o objetivo da campanha é unir forças para zerar o número de casos de violência contra a mulher nos municípios.

“O Tocantins hoje está em segundo lugar no país quando o assunto é esse crime. Este ano, nós tivemos quatro casos em Araguaína e nosso objetivo é zerar este número, unindo forças com o Município e outras entidades para trabalhar a conscientização e combater a violência”, explicou a juíza.

Campanha na escola

Uma das iniciativas da parceria com a Prefeitura de Araguaína é o trabalho educativo sobre o tema realizado nas escolas da rede municipal de ensino, que traz a mensagem de conscientização pelo combate à violência contra a mulher de forma lúdica.

Secretária Especial da Mulher de Araguaína, Ângela Maria Silva

“Hoje, a Secretaria Especial da Mulher, em parceria com a Educação, faz um trabalho muito importante que já alcançou 2.980 crianças que estudam na rede municipal. Nossas equipes vão até as escolas e trabalham o tema com as crianças com o objetivo de enraizar a cultura da proteção e do respeito pela mulher”, disse a secretária da mulher de Araguaína, Ângela Maria Silva.

Primeira-dama do Município, Ana Paula Lopes

“Uma das ações nas escolas, além das palestras, é a confecção, pelas próprias crianças, de miniaturas do banco vermelho, que é o símbolo da campanha. Os meninos e meninas, depois de aprenderem sobre o tema, levam o trabalho para casa e passam a mensagem para os pais, realizando um trabalho multiplicador”, acrescentou a primeira-dama de Araguaína, Ana Paula Lopes.

Cidade símbolo da luta

Araguaína foi a primeira cidade do Tocantins a aderir ao movimento internacional do Banco Vermelho e já possui um monumento na Via Lago, um espaço público para que a comunidade possa refletir, levantar e agir contra o feminicídio.

Além do Parque Cimba e Via Lago, outros 30 bancos de locais públicos foram pintados de vermelho, representando o sangue derramado por todas as vítimas de feminicídio.

Como denunciar

Para denunciar qualquer caso de violência contra a mulher, basta acionar a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180, um serviço gratuito de utilidade pública que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

A Guarda Municipal de Araguaína (GMA) também é qualificada desde 2022 para este tipo de atendimento por meio da formação da Rede de Proteção à Mulher. O órgão pode ser acionado pelo número de emergência 153.

As vítimas de violência na cidade ainda contam com o serviço da Patrulha Maria da Penha, que pode ser chamada pelo 190, da Polícia Militar. Outra opção é a 3ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher pelo contato (63) 3411-7310.

Felipe Maranhão

Fotos: Marcos Filho/Secom Araguaína