Maria José Cotrim

O Conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil aprovou por unanimidade nesta terça-feira, 27, um pedido de desagravo contra o prefeito de Palmas, Carlos Amastha por causa de declarações dele contra ação da instituição sobre o aumento do IPTU na capital.  A OAB entendeu que o gestor ofendeu a instituição e o presidente da seccional Tocantins, Walter Ohofugi.

Na sessão o advogado Siqueira Castro chegou a comparar Amastha ao presidente Donald Trump. ” Não entendo como essas pessoas se encantam em administrar coisa pública pelo twitter”, disse.Não há data ainda para o desagravo.

Procurado pela Gazeta do Cerrado para comentar o assunto, o prefeito Carlos Amastha lamentou o pedido. ” Porque ao invés de desagravo não levaram a ação contra o IPTU para a OAB avaliar?”, questionou. Amastha disse que a OAB não cumpriu o papel institucional de orientar e esclarecer a população sobre a possibilidade de revisão do IPTU e sim se manteve numa ação a qual chamou de “politiqueira”.

Segundo a assessoria da Ordem, uma cópia da ação foi anexada no desagravo.

Segundo Amastha, a ação deixa evidente que no caso a OAB não teria cumprido sua missão neste caso e sim estaria tentando inviabilizar a gestão. Ele chegou a dizer á Gazeta do Cerrado em entrevista sobre a ação da OAB que a instituição não defende os interesses do povo e sim dos seus “clientes”.

Por outro lado o presidente da OAB negou qualquer intenção de prejudicar a gestão e alegou que o aumento é abusivo. A ordem teve apoio de algumas entidades na ação porém outras deixaram o grupo e estão buscando revisão nos casos questionados.

Nas redes sociais Amastha chegou a chamar o presidente de mentiroso em algumas declarações sobre o IPTU. “piti em rede social não intimidará a atuação da OAB”, rebateu Ohofugi.

A ação da OAB ainda tramita na Justiça e advogados aguardam um resultado até amanhã, 28.