Presidente foi submetido a procedimento após médicos detectarem hemorragia intracraniana
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Ricardo Stuckert/Presidência da República
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou por uma cirurgia de emergência em São Paulo, após sentir dores de cabeça e mal-estar durante o dia de ontem (9). Ele segue estável e internado no Hospital Sírio-Libanês.
Lula passou mal em Brasília e foi transferido para São Paulo
De acordo com o relatório médico do Hospital Sírio-Libanês, Lula procurou atendimento em Brasília para realizar uma avaliação de imagem após sentir desconforto. Então, a ressonância magnética apontou uma hemorragia intracraniana, consequência da queda que ele sofreu no mês de outubro.
O presidente foi transferido para a unidade de São Paulo, onde foi submetido a uma craniotomia para drenagem de hematoma.
Ainda segundo a declaração, a cirurgia transcorreu bem e Lula está sob monitoração em leito de UTI.
Lula sentiu mal-estar pela manhã, mas só procurou médicos à noite
Segundo apurações, Lula estava indisposto desde a manhã anterior, de acordo com relato de pessoas próximas.
Apesar de lúcido e orientado, estava se sentindo sonolento e com mal-estar. Mas seguiu tocando os compromissos. “Ele só se entregou na última agenda”, disse uma fonte que acompanhou o dia do presidente.
Chegou a resistir, mas acabou convencido ainda em seu gabinete presidencial. Do Palácio do Planalto, foi direto ao hospital.
O avião presidencial contava com itens de UTI, que não precisaram ser usados. Houve restrição de passageiros. Foram somente os imprescindíveis: a primeira-dama Janja da Silva, seguranças e equipe médica, que contou com um neurocirurgião.
Lula viajou o trajeto acordado, calmo e calado.
Lula postergou exames para se reunir com Lira e Pacheco
Embora estivesse se sentindo mal e com dores de cabeça, Lula optou por manter a reunião marcada para esta segunda-feira (9) com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A pauta da reunião girou em torno do pagamento de emendas parlamentares, que é alvo de limitações impostas pelo Supremo Tribunal Federal. E que tem influenciado no ritmo de votações de projetos de interesse do governo no Congresso.
De acordo com auxiliares do Planalto, a decisão de que Lula precisava realizar exames para investigar o que estava sentindo já havia sido tomada. Contudo, o petista desmarcou os compromissos que teria com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil). Mas manteve a conversa com Lira e Pacheco.
(Fonte: CNN Brasil)