Após três meses consecutivos de alta, a cesta básica de alimentos em Palmas apresentou deflação de 1,61% em novembro, segundo levantamento realizado pelo Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (NAEPE). O preço médio caiu de R$ 666,50 para R$ 655,75, uma boa notícia para o consumidor palmense.
De acordo com o professor e economista Autenir Carvalho, diretor-geral do NAEPE, a deflação reflete uma redução significativa nos preços de itens essenciais como o tomate, que registrou queda de 18%, e outros produtos como o feijão, pão francês e banana. No entanto, itens como açúcar, arroz, café, carne, margarina e óleo tiveram aumentos leves, entre 1,9% e 2,1%.
“O comportamento dos preços foi equilibrado: enquanto metade dos alimentos teve redução, a outra metade registrou aumentos moderados, mas o tomate, por exemplo, teve uma queda mais expressiva, aliviando o bolso do consumidor”, destacou Carvalho.
Trabalho e poder de compra
Com a nova média, um trabalhador que recebe um salário mínimo precisou dedicar 111 horas e 6 minutos de trabalho para adquirir uma cesta básica em novembro.
Acumulado do ano e desafios no consumo
No acumulado de 2024, a cesta básica em Palmas apresenta uma leve deflação de 1,07%, mas alguns produtos continuam pressionando o orçamento das famílias. O café, por exemplo, acumulou uma alta de 41,75%, enquanto o leite subiu 28,67% ao longo do ano, tornando a combinação típica do “pingado” menos acessível para os consumidores.
“Esses aumentos no café e no leite são um reflexo de fatores de mercado, e isso impacta diretamente itens muito presentes no dia a dia dos brasileiros,” pontuou Carvalho.