Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Dando continuidade à série de entrevistas especiais com os sindicatos das principais categorias do Tocantins, desta vez conversamos com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Tocantins (Sintet), José Roque.

À Gazeta, ele deu nota zero para atual gestão do governo com relação aos profissionais da Educação, além disso, defende que um concurso público precisa ser realizado o mais possível, pois segundo o presidente, mais mil professores devem se aposentar esse ano.

Para o presidente, o governo faz “um teatro”, afirmando que a Educação do Estado é de qualidade “Não adianta a secretária ficar fazendo teatro falando que tá melhorando a educação. Isso é teatro, é com muita indignação com esses teatrozinhos que ela faz por aí, não tem condições necessaŕias para que as aulas sejam atrativas”, pontuou o presidente.

Sobre o concurso, o presidente afirma que o contrato é uma situação humilhante para o servidor. “É imprescindível que haja um certame de concurso, o contrato é uma relação de trabalho de muita humilhação, por parte do governo. Até mesmo que, para conseguir um contrato, mesmo tendo a formação necessário, ele precisa ir dialogar com um político, falar com um vereador, com um deputado para conseguir um contrato para ele”, destaca.

“Hoje são quatro mil e pouco de contratos dos professores, mais 5 mil de administrativos e serviços gerais (merendeira, porteiro, vigia e etc.), oito mil e 900 esse ano na Educação, então, mais que nunca é preciso da realização de um concurso para dar uma estabilidade nos trabalhadores, em especial, dos professores, todo mundo sabe que dar aula é um ofício difícil, se as pessoas não tiverem bem psicologicamente, emocionalmente, ele não vai trabalhar o que ele tinha capacidade de produzir, isso é fato”, explica Roque.

Perspectivas

Para 2018, o presidente diz que o Sintet fará um grande movimento pelo Estado e espera que os filiados sejam mais participativos.”Esperamos que o filiados participem dos movimentos que nós estamos colocando em pauta, para que pressionem o governo, no sentido que ele se sinta responsável a resolver os problemas, ele não tem que assumir essa responsabilidade, então, precisamos mobilizar, vamos começar uma jornada, fazer Assembleia em todas as regionais, os grandes centros, visita nas escolas, e chamar os companheiros para o enfrentamentos contra o governo, na tentativa de soluções para os problemas da Educação”, finalizou.

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