Maju Cotrim

 

O prefeito de Aguiarnópolis, Wanderly dos Santos Leite, conversou com a Gazeta do Cerrado sobre a situação da cidade após a queda da ponte.

“Hoje economicamente Aguiarnópolis está numa situação de transtorno, deu um paradão no município porque todos nós sabemos que aqui era um corredor de trânsito e movimento hoje o posto fiscal e de gasolina pararam, estamos aqui unindo forças com o DNIT para que seja construído o porto da balsa aqui”, disse.

Até agora não tem previsão, segundo ele, para início da operação das balsas para pedestres e veículos. Hoje tem reunião do DNIT com o Tocantins e o Maranhão para tratar do assunto.

“Estamos aqui unindo forças para resolver essa situação, o município precisa desse movimento do transporte de carros, temos que voltar a ser rota alternativa”, defendeu.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que está atuando para atender as demandas da Marinha e que somente após a conclusão dos acessos e outras exigências será possível divulgar a data para que o serviço comece. As balsas que irão atender a comunidade já chegaram no local.

 

Ajuda humanitária

 

Ele falou sobre a reunião com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes junto com a senadora Professora Dorinha para tratar de ajuda humanitária. “Sabemos que essa ação é de governo federal e o município vai receber R$ 390 mil para ajuda humanitária, essa semana deve sair o recurso”, disse.

“Vamos ver as prioridades para atender o que a população mais precisa neste momento”, afirmou o gestor.

A empresa que ficará responsável pela travessia de veículos e passageiros no rio Tocantins foi contratada pelo valor de R$ 6,4 milhões. O acidente deixou 14 pessoas mortas e três ainda estão desaparecidas.

Na última sexta-feira (10), foi publicado no Diário Oficial da União a contratação da empresa PIPES Empreendimentos LTDA, no valor de R$ 6.405.001,97. O documento foi assinado pelo superintendente do DNIT no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira. Segundo o termo, o contrato vale por um ano, contados a partir do dia do acidente, em 22 de dezembro de 2024.

 

Desabamento na BR-226

 

A ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. Ao todo, 18 pessoas sofreram o acidente, sendo que um homem de 36 anos foi resgatado com vida, 14 morreram e três continuam desaparecidas. No desabamento, caíram no rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outros 22 mil litros de defensivos agrícolas.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda está sendo investigada, de acordo com o órgão. A Polícia Federal também abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da queda da estrutura.

A ponte foi completamente interditada e os motoristas devem usar rotas alternativas.