Técnicos da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) e fiscais de Obras e Posturas da Prefeitura de Palmas autuaram alguns moradores da quadra Arnos 41 e 73 por acúmulo de entulhos nos quintais e descarte irregular de esgoto sanitário nas galerias pluviais da quadra, que provocam além do mau cheiro, riscos à saúde dos moradores locais e poluem os cursos d’água, uma vez que as águas pluviais são direcionadas aos rios e ao Lago de Palmas.
A fiscalização ocorreu na manhã desta sexta-feira, 09, e resultou em autuação de dois moradores por acúmulo de entulhos e seis por lançamento irregular de esgoto nas galerias pluviais.
De acordo com a bióloga e coordenadora de Controle Vetorial da UVCZ, Lara Betânia Melo Araújo, essa ação conjunta ocorrerá mensalmente com o intuito de orientar a população a sanar o problema. “Somos uma unidade vigilante e o que a gente faz é inspecionar, detectar focos, detectar possíveis riscos à saúde pública e orientar os moradores a tomar as providências. Só que tem muitos proprietários que não tomam essas providências e isso constitui um risco à saúde coletiva. Então nós fizemos uma parceria com a fiscalização urbana para ver se temos uma maior resolutividade desses problemas”, pontuou Lara Betânia.
A bióloga alertou os moradores quanto aos riscos à saúde. “Aqui na Arno 41, o maior problema que a gente está tendo é quanto a ligação irregular do esgoto sanitário nas galerias de águas pluviais. Essa água fica acumulada e contribui para a proliferação do Aedes aegypti causador de doenças como dengue, zika e chikungunya”, explicou Lara, atentando para o fato de uma casas ficar em frente ao Centro Municipal de Educação Infantil Pequenos Brilhantes. “Se esse esgoto continuar descendo para essa galeria provavelmente o mosquito vai continuar se proliferar e infectar as pessoas”, alertou.
A casa em questão é de seu Edimilson Sousa que garantiu que não está lançando esgoto doméstico na galeria pluvial. “Aqui é só água da chuva e do meu chuveiro. Eu não sabia que não podia. Mas vou providenciar a mudança para não ser multado”, garantiu o morador que agora tem um prazo de três dias para fazer as adequações, sob pena de ser multado.
“Nossa intenção não é multar ninguém. O trabalho da fiscalização de posturas do município é educar, orientar, coibir situações que venham provocar prejuízos à coletividade. Às vezes a pessoa faz uma ligação dessa e ela não ideia do tamanho do problema que ela vai causar relacionada à saúde. Ela está tentando resolver um problema dela que é o escoamento da água do seu terreno, mas esse tipo de situação provoca poluição dos cursos d’água, também provoca contaminação do lençol freático, provoca situações de proliferação de vetores, além de prejudicar a estética da cidade, deixar a cidade feia, e a gente trabalha no sentido de melhorar a qualidade de vida da população”, reforçou o fiscal de Obras e Posturas, Adriano Félix Parrião.