Brener Nunes – Gazeta do Cerrado
Dos poucos vereadores presentes na sessão que está discutindo o despejo de agrotóxicos nas nascentes do Ribeirão Taquaruçu Grande devido à plantação de soja, na manhã desta quinta-feira, 15, na Câmara Municipal de Palmas. A Gazeta acompanha a sessão e ouviu alguns dos parlamentares. Apenas noves vereadores estão presentes na sessão, o que revoltou membros dos movimentos e cidadãos.
O vereador Filipe Fernandes (PSDC) diz que mora em Palmas há 26 anos e quer beber a água do Ribeirão Taquaruçu Grande ainda por muito tempo. “Se continuar isso desordenadamente, não vamos ter o que em gastar agrotóxicos. Quem mora próximo ao Ribeirão podem contar comigo para ajudar. Contem comigo, contém com meu voto. Com ele tem turismo, tem vida, tem dignidade.
A BRK é a principal parte desse processo, devido ao tratamento de esgoto. Eles precisam ser convocados e se explicar.
O vereador e vice-presidente da Casa, Léo Barbosa (SD), também citou a BRK Ambiental. “A concessionária também tem responsabilidade sobre isso. Nós vemos ver mais lá na frente às consequências da poluição e degradação das Águas. O pescado está acabando nos rios próximos. a Palmas.
Os movimentos sociais representam aquela parcela da sociedade que luta por seus direitos. Contem com meu apoio. Continuem com o abaixo-assinado para a criação do Parque. Não adianta de nada a cidade se modernizar e não cuidarmos dos rios e das nascentes da região.
Vereadora Valdecy Coimbra (SD), reafirma em seu discurso que, “a água é vida, já foi dito aqui, todo mundo sabe. Isso é fruto da ganância humana. É hora de cada um assumir o seu papel para salvar a Ribeirão Taquaruçu Grande”, destaca.
Ela orienta que cada um deve fazer a sua parte. “Cada fazendeiro da região, quer sua área de lazer, estão desmatando. É o papel de cada um lutar e preservar sua área. É claro que o Naturatins e a BRK tem sua responsabilidade de fiscalizar e punir”, completa.
Em fala à Gazeta, vereador Júnior Geo (PROS) afirma que se pode ter um problema de desabastecimento. “Quando se fala em problema de racionamento, se não tiver o devido cuidado, vira um problema de desabastecimento. Por isso precisamos debater, para evitar que ocorra com Palmas, a mesma coisa que acontece em grandes centros urbanos.
“O objetivo da audiência é buscar propostas concretas que se possa trazer soluções de prevenção para as nascentes dos rios que abastecem o nosso município. A preocupação não deve ser apenas em relação à produção agrícola que ocorre próximo as nascentes, mas também de todos nós, em busca de algo salutar para os problemas de abastecimento de água em Palmas”, complementa Geo.