Dois vereadores de Aparecida do Rio Negro estão sendo denunciados criminalmente pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelos crimes de corrupção ativa e passiva. De acordo com o órgão, Serafim Estácio Xavier teria oferecido vantagens políticas a Kedson Batista Soares caso vencesse as eleições para a presidência da Câmara Municipal em 2016. O ministério disse ainda que Soares recebeu R$ 20 mil para isentar-se do voto.
Na época, Xavier era um dos candidatos e Soares o atual presidente da casa. Segundo o MPE, o possível crime teria acontecido em 2015, quando Serafim ainda era vereador do município e o esquema funcionou da seguinte forma.
No dia da votação para a escolha do novo presidente da Câmara, concorriam o vereador Luciano Machado, que pertencia a chapa de Kedson e Serafim Estácio Xavier. O acordo feito entre os dois era de que o então presidente da casa, se isentaria do voto, sendo assim, os concorrentes obteriam 4 votos cada um, Xavier venceria a eleição por ser mais velho.
As informações do MPE apontam ainda que Kedson teria se arrependido do acordo e em uma manobra, recorreu à Justiça para ter a gestão prorrogada por mais um ano através de uma liminar que foi concedida.
Após ouvir testemunhas, a Promotora de Justiça Renata Castro Rampanelli Cisi, ouviu também Serafim que confessou o crime, disse ter sido vítima de injustiça já que o acordo com Kedson não havia sido cumprido.
Na ação movida pela promotoria, O MPE quer que Serafim seja condenado por oferecer favores políticos a funcionário público e omitir ou retardar ato do ofício, como consta no Art 33 do Código Penal. Kedson pode ser condenado receber diretamente vantagem indevida conforme Art. 317 do Código Penal.