Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado
O concurso da Polícia Militar do Tocantins tem causado grande alvoroço entre os participantes que fizeram a prova que aconteceu no dia 11 de março. Uma liminar suspendendo o concurso foi divulgada neste domingo, 25, onde o desembargador Marcos Vilas Boas proíbe o andamento do certame por conta da cassação do governador Marcelo Miranda (MDB).
Nas redes vários candidatos lamentaram a suspensão do certame que teve mais de 86 mil inscritos e foi um dos mais esperados do Tocantins. Agora é aguardar os novos encaminhamentos com relação a suspensão.
Para a participante do concurso e contadora Jaiara Viana, o estado perde a credibilidade na área de concursos com esse tipo de incidente, mas não queria que as provas fossem canceladas por conta do grande gasto que as pessoas tiveram para se preparar.
“No dia seguinte eu queria que as provas fossem canceladas, mas aí eu pensei nos candidatos que estão há anos se preparando para o concurso. Não acho justo. Vejo que o Estado só pensa em arrecadar e não pensa nos gastos que as pessoas que vieram de outros estados e tiveram ao prepararem para as provas”.
A candidata Natália Guimarães pensa ao contrário, segundo ela, as provas deveriam ser canceladas e não suspensas.
“Creio que as provas deveriam ser canceladas e outras serem realizadas. A gente estudou, quando chegamos no dia, as provas não estavam dentro de um padrão que outras bancas costumam seguir. Não achei a prova nenhum pouco difícil, mas tanto a de nível superior como a nível médio estavam sem lógica alguma”, afirmou ao Gazeta.
Já a candidata Rosangela Porto que é coordenadora financeira, diz ser contra a suspensão do concurso pelo motivo da cassação do Governador, mas ressalta que o MPE deve investigar as possíveis fraudes e serem justos.
“O estado precisa ter segurança. O déficit é muito grande principalmente em cidades do interior. Não é justo a suspensão do concurso por conta da cassação do Marcelo Miranda, sendo que há denúncias no Ministério Público Estadual de possíveis fraudes no dia da prova. O que aconteceu no concurso, não pode acontecer em lugar algum, existem provas de que houve fraude. Precisamos que o MPE averigue as irregularidades”.
A Polícia Militar do Tocantins informou em nota que ainda não foi oficialmente notificada da decisão e que assim que receber ela será cumprida.
O Gazeta também entrou em contato com a Assessoria em Organização em Concursos Públicos (AOCP) para dar um posicionamento sobre a suspensão do concurso, mas até o fechamento desta matéria, não teve resposta.