A presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Tocantins (Sindjor), Alessandra Bacelar, repudiou a constrangedora situação em que esteve a jornalista Gabriela Melo. Em mensagem, a presidente afirmou que estamos vivendo um momento atípico no Estado e pediu aos profissionais da imprensa que não esqueçam da entidade. “Estamos vivendo um momento atípico no nosso Estado. Onde nós jornalistas estamos trabalhando além do limite para dar uma ampla cobertura aos fatos. Peço que não esqueçam da entidade… qualquer coisa que aconteça a vocês, nos comunique imediatamente”, destacou.

“Hoje é um puxão de guardanapo, amanhã um empurrão e por aí vai. Temos um histórico nada bonito de agressão a nossa classe. Não vamos deixar que isso acontece”, avisou Alessandra.

Entenda

A jornalista Gabriela Melo contou à Gazeta, que inicialmente foi impedida de entrar na cobertura de transmissão do cargo de prefeito de Palmas, no Espaço Cultural. Gabriela é assessora do vereador Júnior Geo que levou um bolo para criticar o período de um ano do pedido de abertura da CPI do PreviPalmas. O parlamentar não conseguiu entrar com o bolo na sessão.

Ela diz que um assessor do ex-prefeito Amastha teria a abordado de maneira agressiva. “Ele puxou minha mão, eu estava segurando o guardanapo, achei agressivo”, disse.

“Para mim foi uma situação atípica e constrangedora, isso não é política gente”, disse a jornalista.

Ela contou que ele teria puxado o braço dela e tomado bruscamente o guardanapo
“Não me deixaram entrar, foi uma sequência de coisas”, pontuou.

A Gazeta procurou o assessor para dar sua versão do fato e o espaço está aberto para sua versão.

Ela vai acionar o Sindicato dos Jornalistas do Estado sobre o caso em razão de estar no exercício da profissão.

O vereador Júnior Geo avisou que vai acionar a assessoria jurídica para tomar providências no caso.

Os sindicatos dos Jornalistas do Acre e Pará se solidarizaram com a situação ocorrida com Gabriela.

Nota do Sindjor

NOTA
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins lamenta profundamente o ocorrido na manhã desta terça-feira, 3 de abril de 2018, no Espaço Cultural, quando a jornalista Gabriela Melo foi impedida de exercer sua atividade por um servidor da prefeitura de Palmas.

Num evento onde se pregava a democracia, e vontade de lutar pelo povo, é inadmissível agredir quem estava no local tão somente para acompanhar o assessorado que igualmente luta pelos direitos do povo. É lamentável que se use a violência, quer seja física ou verbal, contra profissionais que estão no exercício do seu trabalho tão somente por diferenças políticas partidárias.

O Sindjor-TO se posiciona rigorosamente na contramão de qualquer tentativa de impedimento à liberdade de imprensa e repugna qualquer ameaça aos profissionais da comunicação e com o mesmo ímpeto defende a ética na profissão e o uso responsável da informação apurada e veiculada.

Diante dos fatos o Sindjor-TO torna pública a ameaça sofrida pelos profissionais jornalistas, bem como já se colocou à disposição da colega, a fim de impedir que novos casos de violência do segmento venham a ocorrer no estado do Tocantins.

Vale lembrar que os jornalistas, repórteres, repórter cinematográfico, repórter fotográfico possuem a missão de levar a informação dos fatos de interesse à sociedade e têm a obrigação de credenciar a informação mediante acompanhamento e investigação.

Por fim, o Sindicato nem quer saber o que motivou tal agressão, pois nada justifica uma atitude destemperada e desequilibrada, porém exige, tal como a violência praticada contra a jornalista, uma retratação pública pelo ocorrido e ainda tomará as medidas cabíveis que o fato requer, para que nenhum jornalista faça parte da estatística da violência.

Sindjor-TO