Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Durante a audiência sobre a Transposição do Rio Tocantins para o São Francisco, que acontece nesta terça-feira, 17, no auditório da OAB-TO, a Gazeta conversou com o ex-governador do Tocantins e prefeito de Paraíso, Moisés Avelino (MDB). À nossa equipe, ele avaliou alguns nomes e deu análise do atual cenário político do Estado. Sobre a cassação do governador Marcelo Miranda (MDB), ele afirmou ser um grande problema para o Estado.“É um problema do Estado. Com muita preocupação. Eu acho que foi uma hora muito infeliz essa medida que tiveram que cassar o Marcelo na véspera de uma nova eleição. Por que? Porque tira o Marcelo, hoje pode cassar ou não, tira, fica aí três meses um provisório, o presidente da assembleia (Mauro Carlesse), tem outra eleição dia 3 de junho, e outubro outra eleição. Além de ficar muito caro para o Estado, para o Estado”, disse.

 

“Eu estou sempre dizendo que esse ano o Estado está parado, não vai funcionar nada, só o essencial. Pagar a Saúde, pagar o professor, que não tem como parar, pagar energia e etc. Mas o Estado vai parar. Ninguém quer assumir hoje, para ficar três meses, não vai ter condição de assumir alguma coisa. Em outubro outra eleição. Então, quem ganhar a eleição direta hoje, será candidato à reeleição, Então, dia 31, quando ele for planejar ele sai, se não ganhar em outubro. Então, para o Estado foi péssimo, independente de qualquer coisa que acontecer, para o Estado é horrível”, complementou.

 

Sobre quem ele irá apoiar para as eleições caso Miranda seja definitivamente cassado, Avelino disse ainda não defender ninguém. “Eu não defendo nada ainda, na minha cabeça já estou trabalhando, mas não vou falar porque nós dependemos da decisão do Marcelo, do julgamento dele hoje à noite. Vamos admitir que um ministro peça à vista, que é a maneira de prorrogar mais esse processo. E achem uma alternativa de deixar o Marcelo por mais tempo, não sei se isso é possível. Então, vou deixar primeiro o julgamento hoje à noite e julgando hoje, se ele já for afastado, amanhã eu já digo quem estou apoiando”, revelou à Gazeta.

 

O ex-governador também comentou sua relação com a senadora Kátia Abreu, e contou que mesmo com as divergências dela com o MDB, continua sendo seu amigo, mas descarta apoio político. “ Sou muito amigo da Kátia, mas não há essa possibilidade devido a questão dela com o MDB. Não é comigo, é com os grupos do MDB e ela, que tiveram uma divergência muito radical entre si. Não quero entrar no meio dessa questão, porque quando eu pude, ajudei a evitar, mas hoje eu não posso”, destacou.