Maria José Cotrim

“Antes de ser contra ou a a favor temos que ter estudos robustos”, admitiu o representante do Ministério da Integração Nacional, o Coordenador Geral de Engenharia e Estudos, Rafael Ribeiro Silveira. Ele afirmou isso durante audiência pública na tarde de hoje no auditório da OAB. Vários representantes de setores participaram da discussão para tentar entender mais a proposta. A senadora Kátia Abreu foi quem trouxe a audiência para discussão do assunto no Estado.

Ele afirmou que há necessidade de um engajamento e análise de forma global como ação estruturante e estratégia além de elementos mais concretos.

Ele falou ainda que é preciso evitar colapsos hídricos, o estudo ainda será contratado pelo Ministério. A fase atual é um termo de referência concluído. ” Ainda falta robustez no estudo”, admitiu.

A estimativa é de 18 meses para o Estudo que terá duas fases sendo a primeira um diagnóstico regional.

Ele fez uma explanação detalhada e disse que tudo é ainda uma possibilidade. Será avaliada a viabilidade socioambiental.

O membro da comissão especial de proteção ao rio São Francisco, Antônio César Melo disse que é preciso a revitalização dos rios e das nascentes. ” Essa é uma medida paleativa bilionária”, disse. Ele questionou ainda qual o preço das eclusas. “É uma coisa faraônica”, disse.

Ele disse que enquanto não houver nada de concreto a OAB Nacional se manifesta contra.

UFT

O professor do Curso de Engenharia Ambiental e Doutor em Planejamento e gestão dos recursos hídricos, Fernan Vergara, apresentou um panorama sobre os conflitos pelo uso da água no Brasil. Segundo ele 66% do uso da água é para irrigação.

Ele falou sobre alguns mitos sobre a transposição do Rio e alguns termos técnicos.” Nos últimos cinco anos passamos situações atípicas”, disse sobre a situação do rio.

” Como fazer a navegação em um projeto desses?”, questionou. ” Não vemos viabilidade técnica, econômica, social e ambiental para a transposição”, disse.

(Foto: Marco Aurélio Jacob)

O projeto

A senadora Kátia Abreu é a relatora do projeto e propôs debates técnicos sobre impactos da obra para o Rio Tocantins.