Tom Lima – Governo do Tocantins – e Ascom Embrasil
A Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), em Araguaína, inicia na próxima segunda-feira (23) o curso de Olericultura Básica para 15 reeducandos, que será ministrado e certificado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). O curso faz parte do projeto “Plantando a Liberdade”, implantado no início de março passado na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), que chega à UTPBG graças à Vara de Execução Penal de Araguaína, que viabilizou recursos do Conselho da Comunidade para melhorar a produção de alimentos na unidade.
O curso terá 40 horas/aula de ensinamentos teóricos e práticos. Os alunos aprenderão sobre manejo e preparo da terra e instalação de sistema de irrigação e serão responsáveis pela ampliação da horta já existente na UTPBG. A atual área cultivada é de apenas 15 canteiros. A partir do curso, serão 50 canteiros produzindo, sendo 21 cobertos. Além de hortaliças diversas já cultivadas, serão plantadas mudas de abóbora, berinjela, beterraba, cenoura, crotalária, feijão, jiló, melancia, mucuna preta, pepino, pimentão, rabanete, repolho, tomate e vagem.
“Nosso objetivo é ampliar a horta na unidade, produzindo também raízes, folhas, bulbos e frutos diversos para melhorar e enriquecer a alimentação dos reeducandos e funcionários”, explica Alexandre Calixto da Silva, gerente de Execução Penal da Embrasil Serviços, empresa responsável pela cogestão da UTPBG, em parceria com o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju).
Todos os meses são servidas mais de 74 mil refeições na UTPBG. “Além de ensinar um ofício aos reeducandos, remindo parte de suas penas, o projeto ‘Plantando a Liberdade’ é estratégico para a educação alimentar de todos os internos, garantindo alimentos frescos e de qualidade”, conclui Calixto da Silva.
Medida terapêutica
Segundo o superintendente do Sistema Penitenciário, Hélio Marques, além de ser uma atividade que auxilia na ressocialização dos detentos, as hortas ajudam a reduzir os custos com alimentação nas casas penais. “Essa atividade também funciona como medida terapêutica e de reconstrução de laços sociais do detento, fazendo ele se sentir útil na sociedade”, destaca.