Fábio Pisoni foi condenado a 34 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do estudante de agronomia Vinícius Duarte de Oliveira, em 2007, em Gurupi. Fábio foi a júri popular. O julgamento já tinha sido marcado outras cinco vezes, mas foi adiado em todas graças a recursos de sua defesa.

O resultado do julgamento saiu por volta de 1h30 desta quarta-feira, 25, após quase 17 horas de sessão.

A defesa ainda pode recorrer com recurso, mas Pisoni irá iniciar a pena imediatamente. Ele foi preso assim que a sentença foi lida e será transferido para o Presídio Agrícola Luz do Amanhã, em Cariri do Tocantins.

A defesa alegou que vai pedir um habeas corpus para que ele possa recorrer em liberdade.

A acusação é de que Fábio Pisoni disparou seis vezes contra um carro, onde estavam Vinícius e mais cinco pessoas. O motivo do crime teria sido uma discussão que começou em uma festa. O estudante morreu no local.

Fábio chegou a ficar foragido entre 2008 e 2012. Ele foi preso duas vezes, mas em ambas foi colocado em liberdade pela Justiça.

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Entenda

O julgamento de Pisoni foi marcado e adiado outras cinco vezes. Ele foi acusado de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio triplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo.

O suspeito ficou foragido entre 2008 e 2012, mesmo após ser chamado para responder ao processo e cumprir o mandado de prisão. No mandado de prisão expedido em junho de 2017, o juiz afirmou que o acusado fez mais de 20 recursos para atrasar o julgamento do processo.

Na época do crime, Pisoni foi preso, mas conseguiu liberdade após um habeas corpus em março de 2008. Três anos depois, em 2011, um desembargador foi afastado do cargo durante uma operação da Polícia Federal. Segundo a PF, a liberdade de Fábio Pisoni teria sido vendida. Itelvino Pisoni, pai de Fábio, nega que o habeas corpus tenha sido comprado.

Em dezembro de 2012, ele foi preso durante uma blitz no interior de São Paulo após a polícia descobrir que havia um mandado de prisão contra ele. O acusado ficou na prisão até julho de 2015, quando conseguiu uma liberdade provisória. Durante um ano e meio, vários julgamentos foram marcados e adiados.

O jovem voltou a ser preso em junho de 2017, mas novamente foi posto em liberdade. Desta vez pelo Tribunal Superior de Justiça. A decisão pela liberdade foi tomada pelo ministro Felix Fischer.