Para Bibiana Schneider, 28, o chocolate é mais do que apenas um alimento. “O chocolate pode oferecer uma grande experiência para as pessoas. É um produto que pode ser saudável e dar prazer ao mesmo tempo”, afirma a empresária. Foi com isso em mente que ela criou, junto com a irmã Carolina, a chocolateria Cuore di Cacao.

Para oferecer uma experiência diferente aos clientes, as irmãs desenvolveram receitas inovadoras com o chocolate.

Entre os sabores que mais fazem sucesso estão os bombonsde banana com cachaça e os doces com queijo gorgonzola, doce de leite e nozes, estes vendidos apenas em edições limitadas. A barra de chocolate com sementes de coentro e laranja também é um dos destaques.

Segundo Bibiana, o negócio tem uma “essência familiar” e começou quando as irmãs ainda estavam na faculdade, em 2001. Foi com a mãe, que é chef de cozinha, que Carolina aprendeu a primeira receita de trufas, e começou a preparar para os amigos. “Depois apareceram mais pessoas interessadas em fazer encomendas e minha irmã me chamou para ajudá-la”, diz.

Enquanto Carolina cuidava das receitas, Bibiana, que estudava design, ficava responsável pelas embalagens.

Formadas na faculdade, as irmãs decidiram que queriam seguir em frente com a produção e criar uma chocolateria. Carolina foi para a França estudar sobre a produção de chocolates e Bibiana ficou no Brasil montando um modelo de negócio.

A ideia das irmãs era criar um espaço diferente das outras chocolaterias, em que o cliente não fosse apenas comprar o chocolate e comer em outro lugar. “Queríamos oferecer uma experiência prazerosa dentro da nossa loja”, diz Bibiana. O nome Cuore di Cacao foi escolhido porque significa “coração de cacau”, que é a semente do cacau que se transforma em chocolate.

A loja foi aberta em Curitiba em 2004. “As pessoas ficavam muito surpresas em encontrar uma loja com um conceito diferente, um espaço realmente dedicado ao chocolate”, diz Bibiana. “Os clientes podiam experimentar os produtos inovadores que nós criamos. Nós também tínhamos tempo para conversar com eles e, assim, ir conquistando o nosso público.”

O negócio continuou crescendo até que, em 2012, as empresárias decidiram fazer uma mudança na produção dos chocolates. Elas investiram no “Bean To Bar”. A expressão dá nome a um processo em que é possível ter controle sobre a origem do cacau usado na receita.

As empresárias negociam o cacau fino direto com o produtor e conseguem rastreá-lo para saber como o fruto foi colhido, tratado, fermentado e seco antes de chegar às mãos das empresárias para a produção do chocolate.

“Isso garante que nosso chocolate tenha um sabor único e com qualidade”, diz Bibiana. A mudança está dando resultado e a loja faturou R$ 2 milhões em 2017.

Por Pequenas Empregas, Grandes Negócios