Maria José Cotrim

O governador interino, Mauro Carlesse do PHS está impedido de várias ações não só em razão das vedações do período eleitoral mas também por causa de liminar concedida pela desembargadora Ângela Prudente.

Carlesse está engessado para algumas questões da gestão e afirmou à Gazeta do Cerrado que respeita a liminar porém lamenta em razão da situação do Tocantins. “O Estado precisa de estabilidade, não podemos usar a vida das pessoas como artimanha eleitoral. Mas a justiça deve ser respeitada”, declarou a atual gestão.

O pedido de liminar foi provocado por uma ação do candidato da Coligação “É a vez dos tocantinenses”, Vicentinho Alves que chegou a pedir inclusive a suspensão das exonerações dos servidores, promovidas pela atual gestão. Em meio a empréstimo travado, situação alarmante nos hospitais e várias dívidas em aberto, o governador tenta se mexer para resolver alguns impasses mais urgentes.

“Chega de politicagem. Temos que nos unir pelo Tocantins”, afirmou Carlesse sobre este momento em que está como interino mas impedido de fazer algumas ações por força de liminar.

No meio deste troca-troca de governo em razão da cassação do ex- governador Marcelo Miranda, vários serviços ficaram prejudicados.

O Detran somente esta semana conseguiu recomeçar a entregar CNHs após semanas com o serviço parado e muitas reclamações de Tocantinenses. Além disso, a portaria do HGP e até o recolhimento de lixo em Araguaína também chegaram a ser paralisados. A atual gestão buscou renegociar para evitar as paralisações.

Além de todos estes problemas, um bebê chegou a morrer por não conseguir esperar transferência para outro Estado.

De um lado problemas que atingem o Tocantins inteiro e do outro um processo eleitoral polarizado. As exonerações do governo, que alega a necessidade de corte urgente para se adequar à LRF, agravaram o quadro com relação a alguns serviços nos hospitais porque tirou servidores contratados porém essenciais. O secretário de saúde, Renato Jayme já disse à Gazeta que vai rever alguns casos.

Carlesse se divide entre o cargo de governador interino e suas movimentações eleitorais como candidato.