Maria José Cotrim

O debate da TV Anhanguera na noite desta quinta-feira, 31, reuniu seis dos sete Candidatos ao Governo. Apenas Mauro Carlesse não compareceu e a emissora afirmou que ele tinha confirmado.

No início, o apresentador Júlio Mosquera esclareceu que quem vencer vai governar até dezembro deste ano. ” Em nenhuma hipótese poderá ter ofensas pessoais”, esclareceu.

As regras foram apresentadas. Serão quatro blocos. No primeiro, o tema foi livre. O tempo da pergunta foi de 30 segundos com direito de réplica e tréplica.

Quem começou perguntando foi a Candidata Kátia Abreu que fez a pergunta para o ausente Mauro Carlesse mas não pode concluir. Em seguida ela perguntou a Marlon Reis sobre o que ele faria no primeiro mês para requilibrar as contas.

Marlon respondeu e disse que o Estado não passa confiança na capacidade de pagamento. ” O motivo é demando, corrupção, incompetência que vários grupos participaram”, disse. Ele disse que não fará promessas e que qualquer um que vencer terá várias dificuldades. “Estou ciente”, disse ao pregar aumento da receita. Segundo ele, a primeira coisa é acabar com a corrupção.

Kátia na réplica propôs uma poupança e reavaliação do Estado para melhorar a classificação financeira. Na tréplica, Marlon Reis continuou com as críticas e disse ter compromisso de luta contra a corrupção. “Escolhemos o combate a corrupção como ponto de partida”, disse.

Depois foi a vez de Marlon Reis perguntar e ele direcionou ao ausente Mauro Carlesse. Ele indagou sobre abusos da máquina pública e disse que contratados estão sendo obrigados a participar de reuniões políticas.

Ele escolheu Kátia Abreu para fazer a pergunta e a indagou sobre como ela vai resolver a falta de efetivo na Polícia Militar. A candidata então respondeu que isso só resolverá com concurso e falou em comprar horas dos policiais para aumentar em até 50% do efetivo. Ela disse ainda que os que estão no administrativo devem voltar para as ruas. ” A partir de sete de outubro precisamos impulsionar o concurso”, disse. Ela defendeu ainda um serviço de inteligência e mais capacitação para os efetivos.

Marlon Reis na réplica criticou a proposta do banco de horas. “Isso já está implantado no Tocantins desde 2012. É apenas paleativo”, disse. Segundo ele, não é a solução.

Na tréplica, Kátia rebateu: ” então não sei como vamos resolver o problema”, disse. “Iremos fazer um banco de horas verdadeiramente voluntário”, disse.

Pelo sorteio, Carlos Amastha foi o próximo a perguntar e ele também escolheu Carlesse. ” Essa imagem é a do Tocantins nos últimos anos, a do abandono”, criticou. Segundo eles a ausência significa que Carlesse jogou a toalha. Amastha aproveitou para pedir que a população decida no primeiro turno.

Em seguida ele perguntou ao candidato Mário Lúcio Avelar. Amastha elogiou os adversários e perguntou a ele quais as propostas para a educação no Tocantins.

Avelar defendeu uma reforma e citou o índice de 16% de analfabetismo. “Precisamos de uma reforma curricular”, disse. Ele falou ainda do combate às drogas. ” No nosso governo a educação será prioridade”, disse.

Amastha comentou ainda os índices de Palmas na área na sua gestão. ” Educação é tudoz não é futuro, é o presente”, disse. Em seguida, Avelar pregou também investimento na educação infantil.

Em seguida Mário Lúcio Avelar perguntou para Vicentinho Alves sobre o apoio de Michel Temer e de Marcelo Miranda à sua campanha e criticou ainda o PR na Lava Jato.

Vicentinho respondeu e disse que as denuncias feitas pelo próprio Avelar não foram aceitas e citou ter certidão negativa de nada consta. ” Não sou a pessoa apropriada para responder, não sou do mesmo partido deles, não ouvi nada nesse sentido”, disse sobre o apoio de Miranda e Temer. Vicentinho rebateu ofensas a sua pessoa.

Avelar falou em seguida e continuou no tom acusatório e disse que Vicentinho é investigado. ” Se eu respondesse não teria a certidão na mão”, rebateu Vicentinho que também acusou Avelar de comprar lotes de maneira duvidosa.

Vicentinho em seguida perguntou para Mauro Carlesse e também criticou a ausência. ” Receber ofensa de quem tem 1% na pesquisa é demais”, disse. O senador perguntou para o candidato Marcos Souza quais as. Prioridades dele para o Estado.

Marcos Sousa disse que a saúde é a prioridade maior para evitar a corrupção. “Tocantins virou farra da corrupção”, disse. Ele também fez críticas aos governos e disse que o dinheiro do Plansaude é desviado.

Em seguida Vicentinho disse que o equilíbrio fiscal e cuidar das pessoas são as prioridades maiores.” Iremos para o governo cuidar das pessoas”, disse.

Marcos Souza manteve o tom de críticas e disse que o Supremo é quem vai definir quem realmente poderá disputar. ” Só dois candidatos aqui podem disputar”, disse.

Ele também fez uma pergunta para Carlesse: ” falta de compromisso com a sociedade”, disse. Em seguida ele perguntou para Amastha o que ele pretende fazer sobre a carga tributária no Estado e chamou ele de “campeão de impostos”.

Amastha disse que o adversário não está preparado para o debate e explicou que fará política tributária e não de arrecadação. ” Não podemos mais falar em imposto”, disse. Ele defendeu incentivo aos setores que geram renda e desenvolvimento. ” Defender especulador imobiliário, isso não!”, disse.

Marcos Souza manteve críticas e acusações a Amastha: ” nunca ouviu ninguém!”, disse. O ex-prefeito rebateu e disse ter mais de 85% de aprovação em Palmas e citou ações na capital quando foi prefeito.