Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrrado

Os ataques de piranha tem se tornado freqüente nas praias de Palmas. O peixe que é conhecido por sua agressividade, pode ser atraído não apenas pelas presas, mas também por comida que muitas vezes a população joga dentro da água. De acordo com os dados do Corpo de Bombeiros, apenas na capital em 2018, foram registrados 24 incidentes.

Conforme os dados, em todo o ano de 2016, cerca de 15 ataques foram registrados. Já em 2017, foram 17 registros. Apesar de ser um dos peixes mais temidos da água doce, o zoólogo Ivan Sazima, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirmou em uma entrevista recente que os animais só atacam quando tem fome.

“Ao contrário do que se pensa, as piranhas não sentem uma atração incontrolável por sangue. Os ataques são provocados por quedas de objetos na água ou movimentações incomuns, o que elas podem interpretar como a presença de uma presa ferida ou que está em dificuldade”.

O último ataque registrado em Palmas, foi na Praia do Prata durante o final de semana passado, quando uma jovem estava tomando banho na área que possui cercas de proteção colocadas pela prefeitura.

No dia do incidente, o Corpo de Bombeiros alertou ainda dizendo que as redes de proteção da praia estão desgastadas e talvez por isso, o ataque tenha acontecido.

O local é um ponto turístico que fica na região sul da capital e é freqüentado não apenas por moradores da cidade, mas recebe um grande fluxo de turistas. Vale lembrar que a temporada de praias está chegando e para que o banhista não passe por esse tipo de situação é preciso tomar cuidado.

Sobre o incidente, a Prefeitura de Palmas informou que realiza constante manutenção nas redes de proteção das praias da capital. Ressaltou ainda que a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos está em fase licitatória para aquisição de novas telas. Lembrou ainda que não é recomendável o consumo de alimentos na água, uma vez que piranhas são atraídas por resíduos, com isso alertamos para a conscientização dos banhistas e quiosqueiros.