“Nunca desperdice uma boa crise”. A frase encerrou e resumiu a ideia central da palestra do economista Ricardo Amorim na noite desta quarta-feira, durante o 2º Encontro Estadual da Indústria realizado pela Fieto em Palmas.

Amorim discorreu sobre ciclos históricos da economia e política do País para explicar a origem da crise e prováveis desdobramentos para uma plateia de empresários e convidados. O presidente da FIETO, Roberto Pires, destacou os impactos da crise na economia com a previsão de encolhimento de mais de 7% entre 2015 e 2016.  “Mas podemos dizer que com as mudanças políticas já percebemos alguns sinais de retomada. Por mais motivos que tenhamos para desconfiar não podemos negar que muitas coisas inéditas e necessárias têm acontecido em nosso País”, disse Pires.

O gancho otimista predominou também na palestra de Ricardo Amorim que desafiou os empresários presentes a envolverem-se no processo político como opções de “lideranças verdadeiras”. Mesmo considerando esta a pior crise dos últimos 115 anos no Brasil, o palestrante fez uma retrospectiva histórica do Brasil que demonstrou a repetição de ciclos que podem ser favoráveis até mesmo para o empresário neste momento que, segundo ele, precisa melhorar seu produto, processo, serviço e atendimento.

“Há 3 anos contratar gente era impossível, o salário estava lá em cima, você não achava. Agora tá cheio de gente boa dando sopa. O economista, autor do livro Depois da Tempestade, analisou ainda o impeachment da ex-presidente, Dilma Roussef, atribuindo-o a uma sucessão de erros na condução da economia e à queda do PIB por um período longo.

Ricardo Amorim é formado em Economia pela Universidade de São Paulo, pós-graduado em Finanças Internacionais pela Escola de Ensino Superior de Ciências Econômicas e Comerciais (ESSEC) de Paris, com mais de 20 anos de presença destacada no mercado financeiro global. É considerado pela revista americana Forbes o economista mais influente do Brasil e apresenta o programa Manhattan Connection na Globo News.

Fonte: Ascom Fieto