A circulação tem patrocínio do Ministério da Cultura e Petrobras, por meio do Programa Petrobras Distribuidora de Cultura, e atende quatro capitais: Belém (PA), Manaus (AM), Palmas (TO) e Rio Branco (AC). O projeto prevê doze apresentações gratuitas do espetáculo, sendo três em cada cidade. Em todas as cidades o grupo desenvolve uma política de acessibilidade, através da distribuição da versão em braille dos programas do espetáculo para o público deficiente visual, além de audiodescrição nas apresentações.
Espetáculo
A fábula brechtiana se passa na I Guerra Mundial: quatro soldados desertores se vêem confinados na casa de um deles. Os quatro tentam chegar a um consenso para cada decisão, em paródia à formação dos sovietes. Entre as figuras, Fatzer é o egoísta. Na montagem do Teatro Máquina, o grupo se desafia a enfrentar o material textual inacabado e desenvolver uma dramaturgia da cena, explorando a guerra como situação motriz para improvisar e descobrir como a linguagem e o tempo do teatro podem expressar os extremos da espera, da violência e da comunicação.
Na encenação de sua MÁQUINAFATZER, o grupo dá forma ao fragmento em tensão, repetição, engajamento físico e na construção/destituição de uma língua inventada. O espetáculo explora a potência do tempo presente em criação de ação contínua, transfigurando os fantasmas do passado e do futuro no agora da representação. Para o projeto de montagem, o grupo fez parcerias internacionais, recebendo tutoria do ator e diretor argentino Guillermo Cacace e do professor e diretor Michael Wehren (Friendly Fire, de Leipzig – Alemanha) e contou também com a colaboração da atriz e pesquisadora Júlia Sarmento (RJ) e do ator e diretor Stephane Brodt (Amok Teatro- RJ), através do Laboratório de Criação Teatral, do Projeto Porto Iracema das Artes.
Conforme a diretora do grupo, Fran Teixeira, a versão do Teatro Máquina a partir dos fragmentos escritos por Brecht se inspira em uma recomendação do autor: “para novos temas, novas formas”, diz a diretora. O resultado é a criação de uma atmosfera tensa, com situações dramáticas que não encontram saída. A guerra é o grande tema.
O plano de ação das atividades formativas do projeto foi elaborado considerando que a formação é uma das principais formas de fazer a obra reverberar reflexivamente, dando continuidade à experiência de fruição. Desta forma, o eixo central das atividades formativas do projeto é a mediaçãoentre a obra apresentada e o espectador, que pode oferecer condições objetivas de abordagem do conteúdo explorado pelo espetáculo e das escolhas estéticas do grupo.
Mediação
Neste contexto, o grupo oferecerá debate dirigido ao público em geral após a sessão do segundo dia de espetáculo, mediado por pesquisador de teatro local e artistas do Teatro Máquina; e ainda desmontagem do espetáculo, dirigida a alunos de artes cênicas, artistas de teatro, pesquisadores e demais interessados.
Oencontro com grupos e artistas de teatro da cidade busca promover, quando de sua passagem por cada cidade, mais do que a apresentação do espetáculo, mas sim uma intensa relação do grupo com a cidade, com seu público e artistas, fomentando o trabalho continuado em teatro e fortalecendo as ações de teatro de grupoe da formação de plateia, através de atividades diversas com foco na mediação entre obra e público.
Histórico
O espetáculo estreou em julho de 2014 em Fortaleza (CE), foi vencedor do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2013 (montagem) e 2015 (circulação) e também recebeu apoio do Governo do Estado do Ceará, através do Laboratório de Criação Teatral do Projeto Porto Iracema das Artes. No mesmo ano, participou de importantes festivais nacionais (Festival de Teatro de Curitiba, Festival Internacional de Teatro de Londrina, Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente, Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, Mostra SESC Cariri de Culturas).
Grupo
Desde 2008, com o espetáculo O Cantil, o grupo Teatro Máquina, de Fortaleza (CE), tem tido a oportunidade de viajar e apresentar seu repertório em cidades de diversas regiões do País, através de seleção e convites para participação em importantes festivais e mostras nacionais e internacionais, além de projetos de parcerias com outros grupos, artistas e coletivos do Brasil e de projetos de circulação aprovados nos principais editais nacionais que contemplam essa categoria. Nas viagens, o grupo sempre tem priorizado momentos para a troca com grupos e artistas das respectivas cidades. As trocas, os encontros, os momentos de discussão e reflexão sobre a obra e as práticas de teatro de grupo são compreendidas como uma necessidade do seu fazer, que tem reverberado positivamente em uma extensa rede de contatos e no fortalecimento de práticas artísticas continuadas.
Serviço
O quê – Diga que você está de acordo! Máquina Fatzer”
Quando – Dias 7, 8 e 9 de agosto
Onde – Teatro Sesc Palmas
Horário – Às 20 horas
Entrada franca
Fonte: Assessoria de comunicação