Ocupar o tempo e a mente, interagir com os demais reeducandos e servidores, aprender e desenvolver habilidades, capacitar para o trabalho e gerar renda. Esses são os objetivos dos projetos de produção de hortaliças desenvolvidos dentro das unidades prisionais e penitenciárias do Estado do Tocantins pela Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça (Seciju), por meio do Sistema Penitenciário Prisional (Sispen), junto com os internos.

Das 41 unidades prisionais, a prática da produção de hortaliças está presente em quase sua totalidade. Os projetos de produção de hortaliças proporcionam aprendizado e uma boa experiência sobre trabalho. Os reeducandos recebem capacitação sobre o manejo do solo, técnicas de cultivo, colheita e comercialização. A produção é feita no interior das unidades prisionais e as espécies são variadas, como: couve, alface, rúcula, pimenta, couve-flor, berinjela, jiló, pimentão, pepino, quiabo e tomate.

Em cada muda plantada, os internos veem brotar a esperança de um futuro melhor, digno e de retorno ao bom convívio social. Para a interna da Unidade Prisional Feminina de Talismã (UPF Talismã), Gleicy Rodrigues, é engrandecedor poder trabalhar e se alimentar bem e ainda melhorar a alimentação de crianças com o fruto do seu trabalho, já que parte da produção daquela unidade é doada para uma creche do município.

“É muito gratificante para nós estarmos aqui, interagindo e trabalhando ao ar livre, tendo contato com a terra e vendo o desenvolvimento das plantas. Com o fruto do nosso trabalho, estamos melhorando nossa alimentação. Temos comido bem e ainda estamos doando a alimentos para as escolas”, comemora.

O gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda do Preso e do Egresso da Seciju, Ricardo Araújo, fala sobre o projeto de hortaliças, o Plantando a Liberdade, que é mantido na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota, em Araguaína, um dos maiores em desenvolvimento. “No Barra da Grota, os internos trabalham em 54 canteiros e vendem as hortaliças para a empresa que foi contratada para servir refeições dentro da unidade. São hortaliças fresquinhas saindo dos canteiros para os pratos dos reeducandos”, explica.

 

Já em Palmas, na Casa de Prisão Provisória, o projeto Plantando a Liberdade entrou em uma nova fase de expansão. O canteiro, que antes ocupava uma área de apenas 200 metros quadrados, agora tem dois mil metros quadrados. “A ideia do projeto é beneficiar cada vez mais outras dezenas de reeducandos”, ressaltou o gerente.

Além destas duas maiores unidades prisionais, outras de menor porte possuem hortas que são auto-sustentáveis, pois parte do dinheiro conseguido com a venda é destinada às suas manutenções, além do que faz parte do cardápio servido para os reeducandos.

 

Fonte: Secretaria de Cidadania e Justiça