A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (22), três mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão durante a segunda fase da Operação Famulus. O alvo é um grupo criminoso especializado em fraudes contra o INSS. O prejuízo pode ultrapassar R$ 4 milhões.
Segundo a Polícia Federal, entre os presos estão uma advogada que atua na área previdenciária, a qual possui escritórios em Gurupi e Palmeirópolis; um ex-prestador de serviço à advogada e um servidor do Fórum de Alvorada do Tocantins.
Serão intimados a prestar esclarecimentos quatro tabeliães. A operação é realizada em Gurupi, Formoso do Araguaia, Palmeirópolis, Alvorada, Paranã e Araguaçu.
Segundo a PF, as investigações realizadas na primeira fase da operação, em junho de 2016, apontam que pessoas interessadas nos benefícios previdenciários eram atraídas pelos investigados. Os escritórios de advocacia de integrantes do grupo adulteravam os documentos dos beneficiários com a inserção de dados falsos.
Em muitos casos, conforme a polícia, os investigados davam entrada com um pedido junto ao INSS sem os documentos básicos. O objetivo era fazer com que o benefício fosse indeferido para que, depois, os advogados entrassem com ação na Justiça Estadual ou Federal. A PF informou que um servidor do Fórum de Alvorada supostamente viabilizava a elaboração de decisões favoráveis ao requerente.
A Justiça Federal ordenou ao INSS a suspensão de benefícios previdenciários que foram instruídos com documentos falsos.
Os investigados vão ficar presos no presídio de Cariri do Tocantins e podem responder pelos crimes de estelionato previdenciário, falsidade ideológica, associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e sonegação fiscal.
O nome da operação faz alusão a Família em latim, considerando que as fraudes eram praticadas principalmente por uma mulher e a filha.
Fonte: G1 Tocantins