Na noite desta quarta-feira, 23, articuladores do Sistema Único de Saúde (SUS) participaram de encontro em amparo a entidade, em Palmas. No evento, o ex-secretário da Saúde de Palmas, médico e doutor em ciências, Neilton Araújo de Oliveira, leu o “Manifesto em Defesa do SUS”, que ressalta a importante luta contra os cortes públicos com a Saúde, que vem acontecendo nos últimos anos, além de legitimar, na candidatura do também ex-secretário de Palmas, Nésio Fernades, a deputado estadual, uma contribuição para o Sistema.
“No Tocantins a candidatura do dr. Nésio Fernandes é resultado desse projeto e luta de forma sólida e coerente com a experiência, sensibilidade e realizações desse comprometido e ousado trabalhador do SUS” diz o manifesto.
Em sua fala, Neiton ressaltou que aquele momento era uma oportunidade, uma etapa, e o passo “mais importante para fortalecer essa luta da Saúde integral, essa luta do SUS, que é um instrumento de inclusão social”
Afirmou, ainda, que o SUS sempre esteve ameaçado. “Hoje quando alguém diz que o SUS está ameaçado, eu respondo que ele sempre esteve. Sempre trabalhei para ganhar profissionais para defender o Sistema, para ele não morrer” concluiu.
Além de Neilton Araújo, participaram do ato Ricardo Burg Ceccim, sanitarista e professor titular na área de Saúde Coletiva na UFRGS; Heider Aurélio Pinto, médico Sanitarista e diretor e gestor no Ministério da Saúde de 2011 a 2016; Antônio Carlos da Silva Magalhães Neto, ex-presidente da Fundação Estatal de Saúde da Família da Bahia; e Andrey Roosewelt Chagas Lemos, presidente Nacional da União Nacional LGBT (UNALGBT) e tecnologista no Ministério da Saúde.
Manifesto
Em trechos do “Manifesto em Defesa do SUS”, os defensores do Sistema, que reúne usuários, trabalhadores, gestores, intelectuais e militantes do SUS, afirmam que “a política de aprofundamento de cortes dos gastos sociais, no atual contexto de negação de direitos, de desvalorização das políticas universais e ajuste fiscal neoliberal, intensificam retrocessos e ameaçam descaracterizar definitivamente o SUS, conformando um projeto que trata o cuidado à saúde como mera mercadoria”.
Portanto, acreditam que “para que o centro da política de saúde gire em torno do cidadão e da cidadã, dos direitos de cidadania e para que a democracia e soberania nacional tornem-se valores sociais”, é fundamental conciliar várias formas de lutas: na academia, nas comunidades, nos bairros, nos serviços de saúde, no controle social e espaços de gestão e construção do SUS.