Maria José Cotrim

Cenário indefinido para o Senado há 39 dias da votação das eleições de outubro. Uma das disputas mais acirradas que o Estado já teve e agora com o ex-governador Siqueira Campos, que liderava com folga, na primeira suplência o jogo está ainda mais disputado. O grande desafio desta disputa é  o tal do “voto casado”, difícil em vários casos.

As dobradinhas com os federais “de peso eleitoral” também ajudam na diferença de votos.

Eduardo Gomes entra no jogo oficialmente agora embora já estivesse com um trabalho de meses arquitetado rumo á disputa. Não saiu ainda nenhuma pesquisa registrada com ele na disputa mas há quem diga que ele chega com muitas bases importantes e de peso no processo. Ele cumprirá algumas agendas com Siqueira, que agora é primeiro suplente,  e tem recebido caravanas de líderes de vários municípios do Estado.

Do outro lado, César Halum do PRB que também é da chapa de Carlesse tem andado e também tido o respaldo de vários líderes por todo o Estado. Embora sua candidatura tenha sido um anseio do norte do Estado, ele tem expandido.

Da chapa de Carlos Amastha, Ataídes Oliveira e Vicentinho Alves seguem (ora juntos, ora separados) na consolidação também de bases. Ataídes inclusive tem arrematado líderes importantes e está com as redes repletas de depoimentos de apoiadores, sejam prefeitos ou vereadores. Vicentinho despontou em segundo nas pesquisas até agora e mantém o trabalho de articulação.

Da chapa de Marlon Reis, os candidatos Irajá Abreu e Paulo Mourão também não estão de brincadeira e têm andado o Estado todo na busca de votos. O deputado Irajá inclusive, conforme apuramos, tem conseguido apoios distintos em todos os grupos. No próprio grupo de Mauro Carlesse vários deputados o apoiam.

Mourão, por sua vez, rodou o bico, e nas bases populares conseguiu apoios significativos.

Disputa

Único cargo eletivo com mandato de oito anos estabelecido na Constituição Federal, o voto para senador é o que pode ser confuso nessas eleições.

É que, diferentemente das eleições de 2014, quando cada eleitor pôde votar em apenas um nome para o Senado, este ano duas das três vagas que cada estado e do Distrito Federal têm direito, o cidadão poderá votar em dois nomes para o Senado. Alternadamente, um terço, ou seja, 27 vagas e, dois terços, 54 vagas, são colocadas em disputa a cada quatro anos.

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Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, os dois votos têm pesos iguais. Não existe prioridade em razão do eleitor votar primeiro em um e depois em outro candidato.

Outro ponto importante, segundo a Justiça Eleitoral, é  que não é possível votar duas vezes no mesmo candidato. Em caso de repetição, o segundo voto é automaticamente anulado, sem prejudicar as demais votações.

Mais votos

Como a ordem de votação não importa no resultado final, o candidato que obtiver o maior número de votos na primeira e na segunda opção somadas será eleito, assim como o segundo candidato mais votado.

As eleições para o Senado são majoritárias, assim como para a Presidência da República e para os governos estaduais. Para o Senado, entretanto, não há possibilidade de segundo turno.

Além dos representantes para esses cargos, no dia 7 de outubro, os eleitores brasileiros também escolherão o próximo presidente da República e deputados federais, estaduais ou distritais.