Apesar da maioria da população palmense ser composta por mulheres, esse índice porém não se reflete na representatividade na Câmara da capital. Dos 139 municípios do Estado apenas 23 são geridos por mulheres e dos 1291 vereadores somente 116 são mulheres.
Atualmente, das 19 cadeiras para vereadores na Câmara de Palmas nenhuma é ocupada por mulher.
A eleitora Mara Sousa, em entrevista ao Portal Gazeta do Cerrado, diz que se sente indignada e não representada, por não ter mulheres na Câmara ela entende que é devido o preconceito de gênero estruturado, na sociedade até hoje. “Como vamos ter políticas públicas voltada para as mulheres, se não tem nenhuma lá? Precisamos entender a importância de nós mulheres votarem em mulheres,” questiona.
Em busca de mudar o cenário atual, incluir espaços na câmara de vereadores de Palmas e implementar políticas públicas voltada para o gênero feminino, algumas mulheres de vários partidos estão mobilizadas para disputar as eleições desse ano, como o caso da pré candidata, Isabel Cristina do Partido dos Trabalhadores (PT), ela relata que as mulheres tem a mesma capacidade do que os homens, mas o machismo impede de mulheres ocuparem osespaços na sociedade, sobretudo político.
“Mulher não nasceu apenas para ser mãe, podemos sim disputar um cargo político e nada melhor que nós, mulheres, para entendermos e lutarmos por aquilo que sentimos”, afirma.
Outra pré candidata a vereadora, é a Suami Freitas do Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), ela conta que a sociedade palmense está prejudicada, é à hora das mulheres tomarem e ocuparem os espaços, assim fará toda a diferença na política.
“A participação das mulheres no empoderamento político é essencial para decisões da nossa cidade. Penso que a falta de mulheres na câmara torna-se a cidade mais machista,” ressalta.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou uma campanha Mulher na Política, para ter finalidade de estimular a participação feminina nas eleições municipais de outubro, com a propaganda institucional em rádio e televisão. Segundo o Ministro Dias Toffoli, mais do que cumprir cotas de gênero nas candidaturas, é preciso dar real efetividade a mecanismos legais no que se refere a esse assunto.