Na Semana Nacional do Trânsito, a Comissão de Gestão de Dados e Informações (CGDI) do Programa Vida no Trânsito (PVT), em Palmas, destaca os dados que justificam o porquê de o motociclista integrar o grupo de risco de acidentes, durante o ano inteiro.

“É o público para o qual canalizamos grande parte de nossas ações de educação e prevenção. É um público vulnerável que precisa se conscientizar e se proteger”, afirma o gerente de Educação para o Trânsito da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu), Celestino Pessoa. Com foco nos motociclistas a Gerência de Educação para o Trânsito e demais parceiros realizam nesta quinta-feira, 20, às 16 horas, blitz educativa na TO-050.

Em 2017 foram 1.803 infrações cometidas exclusivamente por motociclistas e, se observadas as tipificações, os números retratam a imprudência a qual as vias públicas testemunham todos os dias, como: ausência de capacete, uso de calçado inadequado, faróis apagados, transportar crianças menores de sete anos.

Em 2018, mesmo com campanhas de conscientização e fiscalização constante, o cenário da imprudência não é muito diferente. De janeiro a junho foram mais de 600 infrações cometidas e, curiosamente, pelos mesmos motivos.

De acordo com Valéria de Oliveira, integrante da CGDI e agente de Trânsito e Transporte, “os motociclistas são um grupo de risco para o PVT, não apenas em função da vulnerabilidade a que estão expostos, mas também em razão da gravidade dos acidentes que atingem passageiros. Por isso, a importância de seguir à risca as normas de segurança e respeitar normas de condução,” pontuou.

A fala da integrante da Comissão de Gestão de Dados e Informações é sustentada pelos números que indicam que em 2017 das 40 mortes no trânsito palmense, 31 foram de condutores de motocicletas. Em 2018 no primeiro semestre já foram 11, entrando para a triste estatística também os passageiros de motocicletas, que já somaram mais quatro vítimas.

“Estamos o ano inteiro na luta incansável para diminuir os números de acidentes, para tornar o trânsito mais humano. Mas sem a contrapartida do condutor, nosso trabalho não alcança o êxito. É preciso ter a consciência que a via é pública e compartilhada,” disse o gerente de Educação para o Trânsito, Celestino Pessoa.

Ações para coibir infrações

A Sesmu atua em ações conjuntas com outras forças de segurança com o intuito de garantir a segurança viária. Além das ações de fiscalização repressiva com radares fixos e móveis, os agentes de Fiscalização de Trânsito de Transportes atuam diuturnamente nas ruas e avenidas da Capital, “trabalho, por vezes, incompreendido por quem infringe a lei,” como disse o agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte, Hugle Carneiro.

As ações de rotina estão acontecendo com mais intensidade durante a semana Nacional do Trânsito para despertar no inconsciente coletivo a necessidade do respeito às leis e à vida.

 

Dados de acidentes de trânsito

2017

 

 
 

Acidentes com vítimas

 

(Dados ainda não concluídos)

Graves (Dados ainda não concluídos)
Fatais 40  (masc:30 /  fem: 10)

 

Motocicletas 31
Pedestres 01
Ciclistas 01
Velocidade 22,5%
Álcool 35%

2018

 

 
 

Acidentes com vítimas

 

(Dados ainda não concluídos)

Graves (Dados ainda não concluídos)
Fatais 41 (Até 17/09) Masc: 29/ Fem. 12

 

Motocicletas 20
Pedestres 04
Ciclistas 02
Velocidade 56%
Álcool 31%