Maria José Cotrim

O deputado federal e candidato ao Senado, Irajá Abreu concedeu entrevista á Gazeta do Cerrado nesta quinta-feira, 20, na qual fala sobre suas propostas e comenta ainda a polêmica sobre o fato de ser filho da senadora Kátia Abreu. Ela não participa da campanha dele, já que disputa a vice-presidência do Brasil na Chapa de Ciro Gomes mas vários adversários de Irajá tem criticado duramente a possibilidade de mãe e filho estarem no Senado ocupando duas das três vagas que o Estado tem.

Na entrevista, Irajá comenta como será a reta final de sua campanha e deu uma resposta evasiva sobre seu apoio e relação com o candidato a Governo, Marlon Reis com quem não tem feito campanha nos mesmos locais.

Confira a íntegra da entrevista do candidato á Gazeta do Cerrado:

1. Candidato, como está a campanha nesta reta final? Qual a meta agora?

R.: Nessa campanha eu tenho feito algo que sempre fiz ao longo dos meus dois mandatos como deputado federal, que é caminhar por todo o estado. Estou visitando seis municípios por dia em média, conversando com os prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, líderes comunitários e também a população que vive nesses municípios. Em cada município que eu visito, eu faço questão de ir na casa das pessoas pra ouvir e entender as demandas que elas têm. Faço isso porque na minha visão a política deve ser feita nos municípios, porque é no município que os tocantinenses vivem. É no município que devemos andar, olhar e atuar para melhorar os postos de saúde, as escolas e a segurança. Foi isso que eu sempre fiz como deputado federal, é isso que estou fazendo agora nesta campanha e é isso que vou continuar fazendo como senador.

2. Outros candidatos chegaram a criticar sua candidatura em razão de sua mãe já ser senadora… Como o senhor recebeu essas críticas?

R.: Este tipo de pensamento preconceituoso não me atinge, porque acredito que os eleitores é quem devem julgar as pessoas que merecem ser eleitas. E eu confio muito no meu trabalho!
A minha história de vida prova que eu entrei na política p fazer a diferença. A minha mãe foi uma pessoa muito importante pra minha criação, aprendi valores com ela como respeitar as pessoas, ser responsável e ter compromisso, mas, acima de tudo, aprendi que o cargo público é do povo do Tocantins e não do político. Como deputado federal honrei a confiança que o Tocantins depositou em mim e trabalhei e votei sempre respeitando a vontade da nossa população. E como senador vou continuar trabalhando dessa forma, porque a vaga no senado não é minha nem de nenhum outro político. A vaga do senado é do estado do Tocantins.

3. Sobre o apoio a Marlon Reis… é estratégico vocês não fazerem campanha juntos na maior parte do tempo!?

R.: A campanha eleitoral mudou muito e ficou curtíssima. Eu optei e fiz questão de visitar todos os 139 municípios do Tocantins até o dia da eleição em 07 de outubro.

4. Quais suas três maiores propostas como candidato ao Senado?

R.: Minha primeira proposta é ter um gabinete sempre aberto e trabalhar para todos os 139 municípios independentemente ter sido apoiado ou não por todos os prefeitos. Já tive a honra de entregar obras em 106 cidades.
Minha segunda proposta é a desburocratização do nosso estado. Se a gente for mais prático e menos burocrático, a economia do estado vai girar mais e o resultado vai ser a geração de emprego. Eu tenho um projeto de lei tramitando no Congresso, por exemplo, que agiliza a abertura e o fechamento de empresas, defendo também no Congresso a simplificação dos impostos pagos pelas empresas. Hoje quem abre uma empresa no Brasil se assusta com a lista de tributos, e com essa medida nós vamos conseguir reduzir as taxas e gastos excessivos, e possibilitar ao empregador a chance de abrir mais postos de trabalho.
Serei também o senador dos nossos jovens. Sou o criador do projeto de lei do Primeiro Emprego, que facilita a contratação de jovens e garante mais direito para quem precisa entrar no mercado de trabalho. Lá no Senado vou combater o “nem-nem”. Não podemos permitir que os nossos jovens não estejam nem estudando, nem trabalhando. Eles não podem ficar sem fazer nada por falta de oportunidade. Os jovens são o futuro do nosso estado e não podemos perder eles para a criminalidade por culpa desse cenário de falta de oportunidade. Vou trabalhar incansavelmente para que isso não aconteça, vou lutar para gerar emprego e vagas nas universidades e cursos técnicos para os nossos jovens.

5.O candidato encerrou fazendo as considerações finais para os eleitores:

R.: Nessa eleição eu caminhei por todo o estado, visitei a casa de algumas pessoas para conversar com elas. E se eu tivesse a possibilidade de me sentar com você na sala da sua casa ou em volta da sua mesa de jantar, eu diria isto pra você:
Nós sabemos que o país está passando por muita dificuldade, a crise está na porta de todas as casas. E o Tocantins, infelizmente, não conseguiu escapar dessa crise. Enfrentamos problemas na saúde, na educação, na segurança e na falta de oportunidades para o jovem. Essa crise é consequência do descaso do poder público com a nossa população. É consequência também da corrupção que está em todos os cantos do nosso país. E nesta eleição nós brasileiros temos uma grande oportunidade de mudar essa realidade. E para mudar precisamos ter coragem. Precisamos também de vontade e compromisso. Precisamos de alguém que seja o novo. Não apenas o novo no discurso, mas o novo na prática. Com novas ideias e novas formas de se fazer política. Precisamos de alguém que governe para todos e não apenas para uma parcela da população. O seu voto para senador tem duração de oito anos. Isso significa que o que você escolher hoje vai impactar diretamente na sua vida nos próximos oito anos. E oito anos é muito tempo na nossa vida: dá para sair da escola, escolher uma faculdade, se formar e chegar ao mercado de trabalho em busca de oportunidades. Dá pra casar, ter filhos e precisar de creches e escolas para os seus filhos. Mas pra fazer tudo isso, você precisa de apoio, precisa de suporte. E é nisso que você tem que pensar na hora de escolher o seu voto. Você tem que pensar no seu futuro, no futuro dos seus filhos e netos. No futuro dos seus pais que estão para se aposentar, dos seus avós que já estão aposentados.
E foi pensando em você, jovem, pai, mãe, avô e avó, que eu aceitei esse desafio de me tornar senador. Nesta eleição você vai poder votar em dois senadores. Eu só peço um voto seu. Eu peço o seu voto para que eu seja o seu senador, para que eu seja a sua voz em Brasília. Eu peço um voto de confiança em mim.