Por Marco Aurélio Jacob
Existe uma grande controvérsia sobre as pequisas eleitorais e o polêmico questionamento se ela realmente é benéfica ao sistema democrático escolhido.
Especialistas afirmam que as pesquisas podem influenciar em até 15% do eleitorado na escolha do ou dos candidatos. O que tornaria a pesquisa como uma ferramenta inclusive de direcionamento do voto ao que está em vantagem percentual e atrapalharia o processo decisório nos fundamentos básicos do processo eleitoral.
Por isso, mesmo as pesquisas falsas que circulam sem critério algum, influenciam pessoas que não estão muito preocupadas em escolher corretamente seus candidatos.
Isso ocorre tanto pelas consequentes desilusões ou decepções devido aos constantes escândalos de corrupção que envolvem 90% dos partidos e todos os grandes e clássicos partidos do congresso nacional.
Acreditar que este ou aquele é o culpado é pensar que uma linha branca define a cor toda da camisa. O problema endêmico que se arrasta desde os tempos de colonia e império, onde não eram feitas novas rodovias para que se pudesse arrecadar mais facilmente o imposto do ouro. O Brasil nunca esteve livre da chamada corrupção.
Não é de hoje que o eleitor vende seu voto, nem o congressista troca o seu voto por emendas, nem os juízes aumentam os próprios salários. Nenhum setor está livre da doença da corrupção. Tanto no setor público como o privado, com as indicações de fornecedores ou vantagens específicas para quem define o volume da compra.
O processo está em constante mudança. Reduzir de 90 para 45 dias levaria a reduzir os custos das campanhas e o risco do caixa 2, o dinheiro não declarado e vindo de fontes que tem interesse na eleição deste ou daquele candidato para que recupere o dinheiro investido em licitações fraudulentas depois que @ candidat@ assumir.
O que deveria ser levado em consideração na escolha do voto:
1 – O perfil d@ candidat@, se ele é capaz de assumir e gestionar o cargo que pleiteia
2 – O currículo d@ candidat@, o que ele fez, trabalha ou desenvolve pode contribuir com sua atividade como representante popular?
3 – Sua categoria, quem ou o que @ canditat@ representa, se todos resolverem votar naqueles candidatos que só se preocupam com a segurança pública, como ficará a saúde e a educação?
4 – Quais as propostas que @ candidat@ apresenta? São propostas que lhe interessam? Elas irão ajudar o seu entorno ou sua comunidade, bairro ou cidade? Ou sua categoria (pode ser categoria de professores, de enfermeiros, de taxistas, de funcionários públicos…)
5 – É ficha limpa? O candidat@ está respondendo processo ou tem atos que o desabonem ou o tornem uma pessoa não confiável?
6 – Você conhece ele pessoalmente? Esta pergunta se adequa aos casos de Deputado Estadual e Federal ou Vereadores, onde o contato e a proximidade fazem a diferença na hora de cobrar ou pedir que a administração pública cumpra seu papel, pois o contato depois de eleito e a cobrança de leis e apoio aos setores que o ajudaram a ser eleito, são fundamentais para que as políticas públicas tenham uma continuidade e não fiquem só na parte assistencialista.
7 – Quem o cerca e suas alianças estão de acordo com o que ele propõe ou com aquilo que você, sua categoria, ou sua região precisam?
8 – Levando em conta o bem maior do que você avalia como o que deve ser melhor (ou menos pior) para a atual conjuntura ou para um futuro próximo ou distante, @ seu canditat@ é a melhor pessoa para conduzir o cargo que pleiteia?
9 – E nas relações que ele tem com os outros candidatos, aliados ou mesmo com os outros integrantes da política ou dos outros poderes públicos, @ seu candidat@ conseguiria manter boas relações ou mesmo conseguir negociar termos e propostas para o bem comum sem precisar usar de violência ou de atos escrupulosos?
@ é o simbolo universal que designa ambos os gêneros masculino e feminino.
Quando se deparar com atos que por ventura podem interferir no processo eleitoral, denuncie, chame a polícia, tire fotos e grave em vídeo, tire o print da mensagem como o nome da pessoa aparecendo e um segundo print com o telefone registrado que enviou a mensagem ou o perfil da rede social responsável pela publicação. Depois é só encaminhar para a Polícia Civil ou para o Ministério público que eles saberão o que fazer e como proceder.
A cada dia estão mais controlados os gastos e os financiamentos das campanhas, porém as notícias falsas, boatos e achismos podem levar um país ao caos total.
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