A Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), por meio de suas gerências, vem trabalhando de forma efetiva para garantir aos internos do Sistema Penitenciário e Prisional (Sispen) do Tocantins, acesso à educação, ao trabalho e a capacitação profissional. Nesse sentido, foi inaugurada na manhã desta quinta-feira, 11, uma fábrica de artefatos de concreto na Casa de Prisão Provisória de Paraíso. A fábrica é fruto de um convênio entre a Seciju e o Governo Federal, com recursos provenientes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
O intuito do projeto é ofertar formação, qualificação profissional, empregabilidade e renda para as pessoas privadas de liberdade. “O curso tem carga horária de 160h/aulas e foi ofertado para quatro turmas, de 15 alunos cada, em módulos. Após a certificação dos internos e entrega da fábrica, a ideia é que a própria produção dê sustentabilidade ao projeto”, explicou o gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda do Preso e do Egresso, Ricardo Araújo Coelho. O gerente acrescentou informando que na ocasião da inauguração da fábrica de artefatos de concreto 60 reeducandos receberam certificação por concluírem o Curso Profissionalizante de Artefatos e Blocos de Concreto.
Trabalharão na fábrica os reeducandos que mais se destacaram durante o curso. O interno J. S.B, de 29 anos, conta que é gratificante ter finalizado a capacitação. “Para mim foi muito bom participar, porque eu acredito que esse curso é muito importante para nossa ressocialização, vai ajudar a gente a conseguir um emprego lá fora. Também acredito que as pessoas podem mudar então esse projeto que está acontecendo aqui, foi importante para minha formação profissional e dos outros colegas que participaram” [sic].
O engenheiro civil Gilvan Sousa, instrutor do curso, garante que é uma satisfação contribuir com a ressocialização dos internos e também na busca deles por dias melhores. “Ensinei todo o processo de execução dos artefatos para que se tornem bons profissionais. Primeiramente, transmiti para os alunos o conceito da matéria prima e o impacto de sua qualidade no resultado final do produto. Além de explicar os componentes e especificações técnicas de cada produto, a função da matéria prima e de cada aglomerado, a exemplo do cimento, o pó de brita e a areia”.
O chefe da unidade prisional, Wellson Rêgo, foi um intermediador do projeto, unindo esforços junto ao Poder Judiciário. “Com esse projeto eles estão tendo a remição da pena, a cada três dias trabalhados, ganham um dia de liberdade. Com o projeto também terão a oportunidade de ter o pecúlio, uma renda que será revertida para eles com a venda dos artefatos, além da ressocialização”, informa.
A Fábrica
A Fábrica de Artefatos de Concreto da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Paraíso do Tocantins é a primeira implantada no Estado, mais sete ainda serão inauguradas, totalizando oito unidades prisionais que serão contempladas pelo projeto. De acordo com o gerente, Ricardo Araújo Coelho, a previsão é que as oito fábricas sejam entregues até julho do próximo do ano, sendo que a próxima unidade a receber o curso de capacitação será a Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional.—