Teresina de Goiás vai sediar o Primeiro Seminário Regional dos Povos do Cerrado no próximo dia 20 de Outubro,
das 09h às 16h, na Fazenda “Cachoeira do TUM”, próximo da cidade.
No local do evento será servido um almoço para os convidados, oferecido pela por Maria de Jesus Bartos Miranda, primeira dama de Teresina.
O seminário foi idealizado pela Comissão Pastoral da Terra, Pastoral da Juventude Rural do Estado de Goiás e Território da Cidadania Chapada dos Veadeiros em parceria com o departamento de Turismo de Teresina.
Os organizadores do seminário, preocupados com a falta de preservação do rico berçário de água doce do Território Chapada dos Veadeiros a localizado na região Nordeste do Estado de Goiás, resolveram realizar o primeiro seminário dos “Povos do Cerrado” visando a recuperação e preservação de nossos rios e nascentes não só do Território Chapada, mas todos os municípios que compõem a região Nordeste.
Segundo resultado de pesquisas, apesar das agressões impostas ao longo de cinco décadas, a “caixa d’água do Nordeste de Goiás” ainda abastece grandes aquíferos e bacias hidrográficas dos estados de Goiás e Tocantins.
Mas nas últimas décadas, perdeu metade da vegetação original, e o restante está muito fragmentado.
A comissão escolheu Teresina por ser uma das cidades da região que ainda tem grandes áreas do cerrado preservado.
Por outro lado os rios e nascentes do município estão secando de forma rápida e a prefeitura ainda não conta com um Plano de Ação de Emergência para minimizar a degradação ambiental, principalmente a proteção das nascentes e os rios do município.
Neste ano de 2016 os moradores de toda a região nordeste sentiram o impacto da seca nas últimas décadas com a diminuição das chuvas.
Os Povos do Cerrado se surpreenderam com a morte de muitas nascentes e muitos rios que antes não secavam na região.
O pisoteio do gado e o desmatamento, são as principais causas das mortes das nascentes, consequentemente o desaparecimento das águas nos rios.
Pensado que ainda é possível recuperar e preservar os rios e as nascentes, é que a CPT – Comissão Pastoral da Terra, o TCCV – Território da Cidadania Chapada dos Veadeiros e a PJR – Pastoral da Juventude Rural do Estado de Goiás, convidou para participarem do seminário as autoridades locais, lideranças comunitárias e membros dos Núcleos Diretivos do TCCV dos municípios de Campos Belos, Monte Alegre de Goiás, Nova Roma, Teresina de Goiás, Cavalcante, Alto Paraíso, Colinas do Sul e São João D’Aliança.
Para enriquecer os debates do seminário, os organizadores convidaram também os professores, ambientalistas, estudantes, produtores rurais, Diretoria da Fundação Mais Cerrado, UEG, IFGO, Diretoria da UNB Cerrado de Alto Paraíso, Associações Kalungas de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.
Os convidados serão recepcionados pelo prefeito de Teresina Josaquim Miranda na Praça Tiradentes no centro da cidade de onde seguirão para a Cachoeira do Tum, local do evento.
O professor Josivaldo da Comissão Pastoral da Terra, disse que durante o seminário será feito uma análise dos rios que corta o cerrado do norte e nordeste goiano e daí sairá os debates, sugestões e encaminhamento da caravana para participar da Tenda dos Povos do Cerrado em Goiânia no mês de novembro deste ano.
“Temos o prazer de convidar os parceiros na luta pela preservação das riquezas naturais do nosso Cerrado para participarem desse momento rico de troca de experiências, reflexão e tomada de decisões para o enfrentamento junto aos órgãos competentes.
Queremos fortalecer e dar visibilidade as experiências dos povos e comunidades do cerrado, como representantes da sócio-biodiversidades, conhecedores e guardiões do patrimônio ecológico e cultural, promovendo intercâmbio entre as comunidades, criando espaços de debate, formação e práticas em defesa do cerrado.
Conscientizar a sociedade sobre a importância do cerrado, unindo campo e cidade na campanha em defesa do cerrado”, concluiu o professor.
No seminário os técnicos e especialistas em meio ambiente vão ajudar as prefeituras construir o Plano de Emergência Ambiental e fazer os encaminhamentos aos órgãos competentes para execução das ações previstas no plano para os próximos quatro anos.
Segundo os organizadores do evento, a ideia é que cada município tenha um Plano de Ação de Emergência e uma equipe (Grupo de Trabalho) para elaboração de projetos técnicos, captação de recursos e acompanhamento de execução das ações.
Com informações do Blog Diomar Miranda