Reportagem Especial: Jornalista Rogério Tortola/ Gazeta do Cerrado

Localizada de as margens da BR-153 e próxima das divisas do Pará e Maranhão o município é a primeira opção de consumo para milhares de pessoas que moram num raio de 200 km, ou até mesmo mais longe.

Apesar de sua forte vocação para o comércio varejista Araguaína ainda não tem um shopping que consiga atrair consumidores que buscam fazer suas compras em Palmas, Goiânia ou Imperatriz. Dê olho neste mercado foi lançado em 2014 o projeto de construção do Park Shopping.

O projeto foi estimado, incialmente, em R$ 200 milhões, a unidade ia contemplar mais de 100 lojas, mas até hoje foram feitos apenas os serviços de terraplanagem, fundação, drenagem e alguns piares foram levantados.

Porque do atraso

A Gazeta do Cerrado ouviu o diretor da Incorporadora do Shopping Center de Araguaína, André Siminassi, para saber como anda o empreendimento, segundo ele um conjunto de fatores contribuíram para o atraso e cita:

– A crise de 2014 que durou até 2016 e com isso a dificuldade de conseguir financiamento para empreendimentos desta natureza.

– A resistência da prefeitura em liberar um novo alvará de construção, que só foi emitido este em abril deste após decisão judicial.

– A renovação da licença ambiental conseguida em julho/2018.

Um novo começo

Superadas estas barreiras Simonassi, afirma que a construção foi retomada, “já investimos 18 milhões em terraplanagem, drenagem, fundação, baldrame e pilares e mais 8 milhões para aquisição do terreno e vamos dar continuidade ao projeto com recursos próprios a princípio”, diz o diretor.

Ele não descarta a possibilidade de novos investidores se juntarem ao projeto e ainda vai continuar tentando linhas de financiamentos para viabilizar a conclusão o mais rápido.

Lojistas

Ao todo vão ser 110 lojas, como já se passaram mais de três anos e a obra não foi entregue, agora a incorporadora está renovando as cartas de intenções com os possíveis futuros clientes e o novo prazo para entrega das obras agora é 2021.

Disputa judicial

O terreno onde o shopping esta sendo construído, era uma area privada e foram unificados vários lotes e uma area pública de 20mil metros, onde seria uma rua, estava no meio. Na época em 2014 foi feito uma desafetação, a área foi cedida pela prefeitura, mas agora a prefeitura quer a área de volta.

Entre os argumentos da prefeitura para devolução o fato de já ter se passado mais de quatro anos e obra ainda não ter sido entregue.

Para André Simonassi a devolução é inviável, pois a obra está em andamento, existem algumas soluções propostas, como a devolução de outra área.

O que diz a prefeitura

Procuramos a prefeitura da Araguaína para saber qual a situação do empreendimento aos olhos do município que nos respondeu por meio de assessoria de comunicação o seguinte:
Sobre o terreno – A área está em discussão judicial, pois foi concedida uma liminar em favor da incorporadora e a Procuradoria Geral do Município recorreu.

Alvará para construção – As pendências junto ao Município continuam, mas o alvará de construção foi liberado e continua válido por força de liminar da Justiça.

E cita ainda outras pendências com o Município – (conforme documento em anexo) – Certidão de Inteiro Teor do Imóvel atualizada (com remembramento de lotes), Certidão Negativa de Débitos Municipal, cópia da taxa de renovação do alvará, cópias do Projeto Arquitetônico, RRT’s com nomes da incorporadora e termo de referência para EIV de shopping center.

Outros interesses

André Simonassi acredita existir outros interesses por trás dos entraves que ele vem enfrentando para dar andamento a obra.

O fato é que Araguaína ainda não tem um shopping de grande porte com grandes redes de lojas, o que poderia estar gerando emprego e renda para cidade. Potencial para isso todos concordam que o município tem.