Aconteceu na manhã desta segunda-feira, 05, no auditório do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar em Palmas, a aula inaugural do Curso Nacional Patrulha Maria da Penha, promovido por meio de uma parceria entre a Polícia Militar do Tocantins e o Ministério da Segurança Pública, realizado entre os dias 05 a 14 de novembro.

O evento contou com a participação do comandante geral da Polícia Militar, coronel PM Jaizon Veras Barbosa, da promotora de justiça da Vara da Família de Palmas, Drª Beatriz Regina Lima de Mello, da promotora de justiça do Ministério Público e Assessora Especial do Procurador Geral de Justiça, Drª Thaís Cairo Souza Lopes, da secretária de Segurança e Mobilidade Urbana de Palmas, tenente coronel PM Welere Gomes Barbosa, dentre outras autoridades, policiais militares e convidados.

O curso que está em sua 7ª edição, visa habilitar multiplicadores, integrantes do sistema de segurança pública, sobre os conhecimentos necessários para o enfrentamento (prevenção e combate) da violência doméstica e familiar contra mulher. A instrução será ministrada para 40 profissionais das três forças que lidam diretamente com este tipo de delito, Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Metropolitana.

Após a conclusão do curso os participantes se tornam “multiplicadores”, e poderão compartilhar seus conhecimentos com integrantes de suas corporações nas ações e estratégias para o enfrentamento da violência contra a mulher. A capacitação apresenta uma carga horária de 120 h/a sendo 60 h/a no formato presencial e outras 60 h/a no formato de ensino a distância.

Em suas palavras, o comandante geral da PM lembrou que a violência contra a mulher é um tema recorrente na contemporaneidade, e as instituições públicas precisam atuar em conjunto para minimizar os seus efeitos. “Preocupados com os avanços desta natureza de ocorrências, e com a proposta de redirecionar a Polícia Militar para a rede de enfrentamento à violência contra a mulher, tendo como referência o que já está previsto na Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, não medimos esforços para que fosse implantada a Patrulha Maria da Penha no Tocantins”, esclareceu coronel Jaizon.

“Não é possível aceitarmos que, somente em 2018, de janeiro a outubro, tenhamos realizado no Tocantins 2.649 atendimentos, os quais dão uma média de nove atendimentos por dia. Há dias que o Tocantins registra 30 atendimentos em apenas 24 horas” destacou o comandante. Ele acrescentou que mesmo não figurando entre os estados com maior incidência de violência contra a mulher, o Tocantins precisa não somente estabilizar este número, mas abaixar os índices, trazendo condições para a prevenção e o enfrentamento contra esta violência.

“Os novos multiplicadores que estão sendo formados não somente conhecerão a rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, como conhecerão técnicas e serviços disponíveis para este grupo vulnerável, identificando seus fatores de risco e proteção para, assim, definir um plano de segurança viável, exequível e, sobretudo, eficiente e integrado, no combate a este mal que ainda assola nossa sociedade” finalizou coronel Jaizon.

 

 

Fonte: PM Tocantins