Equipe Gazeta do Cerrado
O presidente afastado da Agência de Fomento, Maurílio Ricardo Araújo e o diretor Ademir Teodoro se beneficiaram num último pagamento nesta segunda-feira, 19 antes de deixarem a Agência. O primeiro teria recebido R$ 75 mil e o segundo quase R$ 50 mil, fora o que cada um ainda teria para receber do FGTS (multa de cerca de 40%).
O Governador Mauro Carlesse determinou na última sexta-feira, 16, intervenção na Agência de Fomento do Tocantins, afastando preventivamente o diretor-presidente e nomeando o presidente do Banco do Empreendedor (BEM), José Messias Alves de Araújo, para responder pelo cargo até que a Assembleia Geral delibere sobre nova escolha. Messias já assumiu o comando da Agência após saída de Maurílio.
Como sócio majoritário da Agência de Fomento, o Governo tomou a medida após o órgão se recusar em atender pedidos formulados pelo Estado no sentido de que fossem apresentadas cópias dos procedimentos de concessão de crédito (empréstimos), tornando necessário seu requerimento por via judicial, por meio de Mandado de Segurança.
“Somos celetistas, nesse valor entra 13º, férias e rescisão . Tenho direito e poder para tal”, alegou em entrevista á Gazeta ao ser questionado sobre o assunto. Segundo ele, até que a nova diretoria seja eleita ele tem o poder de se demitir porque também é presidente do Conselho de Administração do órgão. A ordem para pagamento do acerto foi do próprio Maurílio antes de deixar o órgão.
Alegações do presidente afastado
O presidente afastado, Maurílio Ricardo Araújo nega as acusações. Ele alegou que cabe somente ao Banco Central do Brasil aprovar e homologar uma nova diretoria para a Agência de Fomento do Tocantins. A atual diretoria tem mandato aprovado até 2020.
Outra alegação do presidente afastado pelo governo : “os documentos solicitados pelo Governo do Estado foram entregues, exceto os de concessão de crédito, uma vez que se faz necessário cumprimento da Lei de sigilo bancário (Lei Complementar nº 105 de 10 de janeiro de 2001 – Banco Central)”, alega.
Ele entrou com mandado de segurança pedindo liminar para suspender o decreto e solicitou ainda reforço da Polícia federal no órgão.