A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (1º) 24 mandados, 14 de busca e apreensão e 10 de condução coercitiva – quando alguém é levado para depor –  para apurar fraudes em licitações e desvios de recursos públicos de R$ 4 milhões. Entre os alvos da Operação Full House está o deputado estadual Rocha Miranda (PMDB) e o atual prefeito Lindomar Lisboa (PSB).

A Gazeta do Cerrado tenta contato com a Assembleia Legislativa e com o gabinete do deputado alvo da operação. O secretário de administração da Prefeitura de Araguatins, Josenildo Marques Amado, disse que documentos relacionados a obras da gestão anterior foram levados pela Polícia Federal. Segundo ele, o prefeito foi para Araguaína em carro próprio para prestar depoimento. A nossa reportagem ainda tenta contato com a defesa do prefeito.

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Participam da operação cerca de 60 policiais federais. Os mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região nos municípios de Araguaína, Araguatins, São Bento do Tocantins, Palmas e também em Imperatriz (MA).

A PF disse que havia um esquema criminoso que desviava recursos públicos federais através de fraudes em licitações que ocorriam a partir de três empresas ligadas a parentes e amigos do ex-prefeito, hoje deputado estadual, Rocha Miranda. As fraudes teriam continuado na gestão do atual prefeito, conforme a polícia.

A PF informou ainda que uma das empresas é do genro do deputado estadual. A outra, do ex-secretário de administração, atualmente assessor partamentar de Rocha Miranda. A terceira empresa, segundo a polícia, foi criada apenas para participar das fraudes nos processos licitatórios.

As empresas ficaram responsáveis pela execução de 11 obras. Segundo a polícia, algumas foram concluídas, mas a maioria está inacabada. Entre elas, três creches do programa Proinfância, um posto de saúde e a casa da cultura da cidade.

A polícia explicou que o desvio de R$ 4 milhões foi calculado em razão das obras não concluídas.