Os deputados estaduais repercutiram na sessão matutina desta quarta-feira, 1º, a ação de desocupação do Centro de Ensino Médio Filomena Moreira de Paula, no último dia 26, em Miracema, na qual dois estudantes saíram algemados. Eles protestavam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita os gastos públicos e a reforma do ensino médio.
O assunto entrou na pauta após o deputado Ricardo Ayres (PSB) apresentar requerimento, em regime de urgência, solicitando informações oficiais do Ministério Público Estadual (MPE) e da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), responsáveis pela ação.
A proposta recebeu apoio dos petistas Zé Roberto e Amália Santana, mas foi criticada por outros parlamentares, como José Bonifácio (PR), Eli Borges (PROS) e Elenil da Penha (PMDB).
Para Bonifácio, o promotor de justiça Vilmar Ferreira de Oliveira deveria ser parabenizado, e não criticado por ter comandado a ação de desocupação da escola. Eli Borges culpou o “excesso de direitos humanos” na ocupação do local. Já Elenil lembrou que nunca viu nenhuma repercussão sobre o casso do estudante Eduardo Soares Ribeiro, de 19 anos, baleado dentro de uma escola em Araguaína, em julho deste ano, que está vivendo em uma cadeira de rodas. “Em Miracema, ainda bem que ninguém ficou lesionado; em Araguaína um jovem perdeu os movimentos”, criticou o peemedebista.
Como teve sua urgência aprovada, o requerimento será votado na próxima sessão, ou quando houver quórum para votação – no mínimo 13 parlamentares presentes.
