A empresa responsável pela aplicação do concurso da PM em Palmas, AOCP, se manifestou sobre a apuração de um suposto descumprimento de suas obrigações contratuais.

Nesta quinta-feira, 29, foi publicado no Diário Oficial do Estado uma portaria instaurando processo de apuração de um suposto descobrimento das obrigações contratuais por parte da empresa AOCP. O processo vai apurar supostas falhas ocorridas durante a realização do concurso da Polícia Militar.

Em nota, a AOCP, afirmou que o concurso não foi contaminado por fraudes e que cumpriu todas as obrigações contratuais. A empresa disse ainda que fiscalizou de forma correta a aplicação do certame, e que os inscritos que participaram de tentativa de fraude foram pegos e deseja a continuação do certame.

Confira nota na íntegra 

Nota da AOCP sobre a investigação interna da PM:

A AOCP, assim que tomou conhecimento de notícias da imprensa local a respeito desse assunto, se antecipou e procurou a Comissão de Concursos da Polícia Militar para apresentação dos resultados de nossa investigação interna, o que ocorreu numa reunião realizada no dia 22/11/2018. Na mesma data apresentamos nosso relatório a representantes da Comissão de candidatos.

A AOCP tem plena consciência de ter cumprido com todas as suas obrigações contratuais, principalmente no que tange a segurança e sigilo das provas, tanto que foi a NOSSA EQUIPE DE FISCALIZAÇÃO QUE LOCALIZOU O CELULAR NO BANHEIRO.

Graças a nossa fiscalização e aos itens de segurança utilizados, entre eles análises estatísticas pós leitura óptica, podemos afirmar que dos 35 supostos candidatos que teriam participado da tentativa de fraude, estatisticamente apenas 1/4 deles teriam realizado o mesmo tipo de prova (usamos 4 tipos de gabaritos nesse concurso), dos quais apenas 1 preencheu a folha de respostas de forma idêntica ao celular apreendido. Nossa investigação identificou que 5 candidatos teriam potencial de serem beneficiados com a tentativa de fraude e estes serão sumariamente eliminados.

Infelizmente existem várias quadrilhas que tem se especializado na tentativa de fraudar concursos públicos, exemplo disso é a Operação Gabarito que investiga quase 100 concursos públicos (inclusive das bancas mais conhecidas do país), no entanto sem a necessidade de anulação dos processos uma vez que todos os editais, assim como o edital do concurso da PM-TO, trazem a previsão de eliminação de candidatos, a qualquer tempo, caso se comprove ilicitude. A nosso ver, anular um concurso como este significaria dar uma segunda oportunidade aos criminosos.

Os candidatos que estudaram e se dedicaram seriam, com certeza, os mais prejudicados.

Estamos certos que neste momento, em nos será oportunizado uma manifestação formal, de forma técnica poderemos esclarecer de uma vez por todas que, apesar da tentativa de fraude, o concurso não foi contaminado e seu resultado estará íntegro.

Nos causa muito desconforto o fato da suspensão uma vez que a AOCP deu o primeiro passo para combater a tentativa de fraude, colaborou desde o início com a investigação da polícia e sempre esteve a disposição para auxiliar na identificação dos suspeitos. O próprio delegado se manifestou a repeito da continuidade do concurso, afirmando que isso não teria o condão de atrapalhar a investigação.

Esperamos que isso se resolva o mais rapidamente possível e que possamos receber nossos pagamentos (até agora nada nos foi pago pelo estado). Também esperamos que rapidamente possamos estar dando continuidade as próximas fases do concurso para que os tocantinenses possam ter novos policiais nas ruas.