As bolsas de valores dos Estados Unidos afundaram nesta sexta-feira (7), com vendas generalizadas de ações de tecnologia. O índice S&P 500 teve a maior queda semanal desde março, uma vez que receios sobre as tensões comerciais EUA-China e a trajetória dos juros abalaram Wall Street.
O Dow Jones caiu 2,24%, para 24.388 pontos, o S&P 500 perdeu ou 2,33%, a 2.633 pontos e o Nasdaq recuou 3,05%, para 6.969 pontos.
O S&P 500 praticamente apagou todos os seus ganhos de uma semana atrás, quando teve o maior ganho semanal em sete anos.
Após uma trégua firmada no fim de semana entre Washington e Pequim, as negociações na bolsa tiveram forte volatilidade durante toda a semana, à medida que investidores buscavam sinais de que as nuvens da tensão comercial se dissipariam.
Mas o receio com a tensão comercial EUA-China voltou após comentários de Peter Navarro, assessor econômico da Casa Branca, de que autoridades dos EUA aumentarão tarifas se os países não conseguissem fechar um acordo durante os 90 dias de negociações.
Além do comércio, Wall Street tem focado no rendimento dos títulos e a direção da política monetária do Federal Reserve, com alguns investidores esperando um ritmo mais lento de aumentos do que imaginado anteriormente.
“É uma crise de confiança na situação comercial, o que vai acontecer e talvez um pouco da crise de confiança no Fed, diante da velocidade com que tiveram que mudar de tom”, disse Walter Todd, chefe de investimentos na Greenwood Capital Associates.
As ações de tecnologia despencaram, com o setor de tecnologia do S&P 500 caindo 3,5%. Ações do setor de saúde, o maior ganhador entre os grandes setores do S&P 500 neste ano, recuaram 2,5%.
A média móvel de 50 dias do S&P 500 caiu abaixo da média móvel de 200 dias, um fenômeno conhecido como “cruz da morte” e que alguns observadores do mercado veem como sinal de mercado em baixa no curto prazo.
Na semana, o Dow caiu 4,5%, o S&P 500 recuou 4,6% e o Nasdaq perdeu 4,9%.
Fonte: Reuters via G1