Equipe Gazeta do Cerrado
 Nos últimos dias a morte de dois bebê em hospitais públicos do Tocantins indignaram as famílias e chocaram a população tocantinense.
O primeiro caso aconteceu no último sábado, 5, quando um bebê morreu enquanto a mãe buscava atendimento em hospitais públicos do Tocantins. A mulher estava grávida de nove meses e foi até o Hospital Regional de Paraíso sentindo muita dor na sexta-feira, 4, mas segundo o marido dela, Natanael Nascimento, não tinha médicos na unidade.
No sábado, Viviane Pimentel da Silva, de 33 anos, foi até o Hospital Dona Regina, em Palmas, em busca de atendimento, Entretanto o bebê o não resistiu.  “Quando atenderam o menino já estava com os batimentos baixinhos e quando fizeram a cesariana, mas disseram que veio a óbito”, disse o marido.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde, afirmou que a gestante foi atendida pela equipe de enfermagem no hospital de Paraíso na sexta-feira e que a paciente foi informada que não havia médico ginecologista obstetra, mas que ela seria atendida pelo clinico geral. Entretanto, segundo a secretaria, a mulher não aguardou atendimento. No sábado, a paciente buscou atendimento no hospital Dona Regina de Palmas, onde foi realizada a cesárea, constatando que a criança já havia falecido há alguns dias.

Foto: Reprodução Tv Anhanguera

O Conselho Federal de Medicina registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil após a uma funcionaria do Hospital Maternidade Dona Regina, em Palmas, denunciar que um bebê morreu na barriga da mãe, por falta de pediatras na unidade.
A mulher chegou a ser atendida por um médico plantonista e enfermeiros, mas segundo a família, nenhum obstetra foi avaliar a paciente. Samara Mateus, de 24 anos, estava grávida de oito meses e deu entrada no hospital no domingo (6).

De acordo com o marido, Whellyngshon Limeiro, a mulher foi medicada para amenizar as dores, mas continuou na sala de espera até a manhã desta segunda-feira, 7, quando o bebê ficou sem batimentos cardíacos.

“Uma enfermeira procurou os batimentos do neném, mas já não estava batendo perfeitamente. Ela voltou com uma máquina mais precisa e desesperou que não estava perfeitamente. Mandou ela para a sala de espera quando foi 4h da manhã. Aí às 8h, quando vieram fazer a ultrassom, o bebê já estava morto. Isso é um descaso com o ser humano”, disse.

Em nota, a Secretaria de Estado da saúde, afirmou que não havia falta de obstetra no Hospital e Maternidade Dona Regina e que a mulher foi acompanhada durante todo seu período de internação. Também de acordo com a secretaria, o feto de 38 semanas teve uma morte súbita e que será investigada.

A Secretaria afirmou ainda que a expulsão do feto via parto vaginal é um procedimento normal e está dentro das condutas médicas adotadas.

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