A Polícia Civil apura se a morte de um homem, cuja cabeça foi encontrada na calçada de um shopping em Goiânia, tem relação com conflito entre facções criminosas. De acordo com o delegado Marco Aurélio Euzébio, a vítima, que não teve a identidade divulgada, estava com a gíria “TD2” inscrita na testa. Segundo ele, a expressão é relacionada a um grupo específico.
“Vamos apurar a vida pregressa desta vítima para saber se havia algum tipo de problema, alguma dívida, se ele se relacionava com alguém com passagens pela polícia. A partir disto, a gente pode descobrir, por exemplo, se a sigla ‘TD2’ gravada na cabeça, que significa ‘tudo dois’ ou ‘tudo em paz’, tem relação com algum conflito com o Comando Vermelho, por exemplo, já que a facção utiliza comumente esta gíria”, disse o delegado.
A cabeça foi encontrada no início da manhã de domingo (13) e foi recolhida pelo Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia por volta das 8h30. Segundo informações da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), ela estava próxima ao meio-fio da via, na calçada do Shopping Passeio das Águas.
Em nota sobre o ocorrido, a assessoria do shopping informou que “o caso está sendo investigado pela Polícia e que em nada se relaciona com o Passeio das Águas”.
A cabeça foi achada por um pedestre que passava pelo local e se assustou ao se deparar com o fato. O homem acionou a Polícia Militar, que, por meio do 9º Batalhão, compareceu ao local e isolou a área até a chegada das equipes das polícias Civil e Técnico-Científica.
Foram realizadas buscas na região, mas o corpo não foi localizado.
Cabeça em grupo do WhatsApp
A cabeça humana já foi identificada, segundo a delegada Myrian Vidal, que esteve no local da ocorrência na manhã de domingo (13). Ainda de acordo com ela, um irmão da vítima – cujo nome não foi revelado – viu a imagem no grupo de WhatsApp, foi até o Instituto Médico Legal (IML) e constatou ser o parente.
A delegada afirmou ainda que, segundo os parentes, o homem saiu normalmente de casa na noite de sábado (12), mas ela não informou para onde ele teria ido.
Apesar da família ter ido ao IML portando todos os documentos, o órgão informou que a cabeça segue no local e, por segurança, serão necessários mais exames para confirmar a identidade.
Fonte: G1 Goiás