O governador do Estado Mauro Carlesse determinou a criação de uma comissão para estudar a situação dos concursos públicos existentes no Estado e dar solução aos certames que foram barrados pela Justiça. A notícia, que foi divulgada durante o anúncio da reforma administrativa, frustra os 95 remanescentes que aguardam a nomeação há quatro anos.
Conforme a Secretaria Estadual da Comunicação (Secom), esta mesma Comissão também está realizando um estudo para avaliar a possibilidade de prorrogação do certame que foi realizado em 2014 e vencerá em março deste ano.
A pasta ainda destaca na nota que Estado está passando por um processo de reformulação administrativa, fato que a gestão julga como medida fundamental para o reenquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal. “Tão logo isso ocorra, o Estado vai recuperar sua capacidade de investimento, o que pode possibilitar a convocação de novos servidores aprovados em concursos”, reafirmou administração em comunicado oficial.
Porém, a pasta não deu uma resposta definitiva de quando irá convocar os aprovados. O fato chamou a atenção do Sindicato dos Peritos Oficiais do Estado do Tocantins (Sindiperito) que foi até à Assembleia Legislativa ao lado dos aprovados para cobrar, junto ao Legislativo, uma posição do Governo. Na Casa de Leis, eles tiveram o apoio dos deputados estaduais Luana Ribeiro e Júnior Geo, que solicitaram em plenário a prorrogação do certame.
Aprovados
Essa falta de definição no cronograma frustra também quem tanto se dedicou para a prova. “Eu e todos os meus colegas passamos meses estudando para exercer um cargo no serviço público, passamos e agora, definitivamente, mais do que nunca, não temos ideia se seremos ou não chamados. Tenho colegas que além de ter parado toda sua vida para estudar, também abandonaram seus empregos para fazer o curso de formação, isso com a expectativa de serem chamados e não tivemos esse respaldo do governo, quase cinco anos depois”, comenta Kayto Muriel, aprovado para o cargo de perito criminal.
Concurso
O concurso da Polícia Civil tem atualmente 95 remanescentes, que já concluíram o curso de formação, e esperam ser convocados para atuarem na Segurança Pública do Estado. Neste certame, mais de 60 aprovados foram nomeados em junho do ano passado.
“Esse processo seletivo já esteve nas mãos de quatro governadores e ninguém concluiu o certame. Enquanto isso, os servidores das delegacias e núcleos ficam sobrecarregados devido à falta de efetivo suficiente. Por outro lado, a população está desassistida e à mercê dos crimes”, desabafa o candidato.