Relatórios produizidos pela Polícia Federal duarante as investigações da Operação Flak, mostram que a quadrilha internacional de tráfico de drogas, suspeitava que estava sendo monitorada. Conforme a polícia, os suspeitos mudaram todo o sistema de comunicação entre os integrantes e compraram até celulares criptografados.
Em setembro de 2017, uma conversa entre o brasileiro, Raimundo Prado Silva e o suspeito de chefiar o esquema, João Soares Rocha, mostrou que eles ficaram apreensivos com a apreensão de um avião na Guiana.
Conforme a PF, “ambos demonstraram preocupação com a apreensão, temendo que as investidas policiais pudessem atrapalhar a continuidade das suas operações de transporte”.
O relatório mostra ainda que Rocha estaria mais alarmado ainda porque a Polícia Civil do Tocantins realizará uma operação na pista que era utilizada pelos criminosos em Porto Nacional. O documento traz diz ainda que equivocadadmente, João Rocha relacionou as ações da Polícia Civil com as da polícia da Guiana.
Depois da primeira conversa, Rocha e Silva convesaram sobre a melhor forma de melhorar a segurança. Ambos acertaram de comprar celulares criptografados na Europa.
JOÃO: Meu aparelho ta muito velho
JOÃO: Apaga e não liga
RAIMUNDO: O senhor e meu pastor e nada me faltara
JOÃO: Ve Se consegue um bom ai pra mim
RAIMUNDO: Vou mandar um pra voce
JOÃO: Daqueles caros
JOÃO: Esse aqui ja era
RAIMUNDO: Aqui tem uns criptografado
RAIMUNDO: Eh 1800 euro mais eh seguro
RAIMUNDO: Vou mandar um desse normal e fazer um pedido desses criptografado.
Com a cotação do Euro atualmente, um celular usado pela quadrilha, vale cerca de R$ 7,6 mil o que possibilitou a comunicação entre a quadrilha até 2018, quando eles perceberam novos indícios de que estariam sendo ouvidos.
*Com informações do G1 Tocantins